domingo, 10 de novembro de 2013

Homenagem a Manuel Braga da Cruz

 
 
 
Quando Adriano Moreira disse, com naturalidade, que «teve a honra e a vantagem» de ser «admirador, amigo e discípulo» de Manuel Braga da Cruz - tal como fora do seu Pai - sintetizou bem o que foi a homenagem ao anterior Reitor da Católica, nesta semana, por iniciativa da Reitora Mª da Glória Garcia.
Foi possível, durante mais de duas horas, ouvir uma série de testemunhos a um tempo elogiosos e não excessivos, intimistas e não ridículos, com densidade intelectual e nada maçadores. A fórmula era arriscada e a homenagem quase politicamente incorrecta: como elogiar em Portugal alguém ainda novo, vivo, católico, patriota, intelectual, cívico, aberto e conservador? Alguém que, como disse Marcelo Rebelo de Sousa, «pensa a sua fé em uníssono com o sentir da sua Pátria». Alguém que «no reino do acessório e do efémero dos nossos dias» conjuga «a isenção, a inteligência e a sensatez». Oradores e homenageado resolveram esta equação, sem complexos nem favores, numa cerimónia que nos mostra que Portugal está finalmente preparado para reconhecer méritos sem fronteiras.    

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