Os católicos são ridículos?
Sim.
Quando são os idiotas úteis dos comunistas nos anos de 1939, dos maoistas dos
anos de 1970 ou actualmente dos maometanos.
Sim.
Quando falam em valores e solidariedade, conceitos, um burguês e o segundo
aburguesado, em vez de falarem de virtudes e caridade. Conceitos externos e não
como os conceitos cristãos e pagãos, sinais de irradiação de energia interior
alimentada pelo Espírito.
Sim,
quando dizem que o cristianismo é sobretudo uma moral, ignorando Santo
Agostinho que dizia ama, et fac quod uis, ama e faz o seu que quiseres. Julgam
que Nosso Senhor veio a esta Terra dar bons modos burgueses.
Sim.
Quando dizem que são cristãos mas não dogmáticos. Ser católico é ser dogmático,
o que todos sabem impediu descartes galileu e pascal de pensar.
Sim,
quando de novo acham que o cristianismo é ser bonzinho e nunca falam de
mística, de dogmática, de eclesiologia, de escatologia. Quando dizem que o que
interessa é seguir Jesus e não lhes interessa a Santíssima Trindade. Religião
sem conteúdo nem pensamento, território apenas de bons sentimentos, não se
espantem de serem chamados de estúpidos.
Sim,
quando acham que a democracia e os direitos do homem são a realização mais
perfeita do cristianismo. E assim caem em duas heresias ao mesmo tempo. Idolatras
de um regime político, não acreditam na comunhão dos santos, mesmo que a
confessem da ponta dos lábios. A comunhão dos santos implica que a vida dos
nossos antepassados é tão válida quanto a nossa, de igual valor os seus
sofrimentos, ideias e limites. Não. Para o católico moderno ter anestesia no
dentista, telemóvel e a democracia torna-o superior a São Tomás de Aquino e Santo
Irineu de Leão, mesmo que saiba no íntimo que nem uma das suas palavras vá ser
lembrada quando morrer.
Sim.
Quando acham estar fora da História, protegidos pela rede de segurança feita
pelos seus antepassados, rede que vêem como um macaco vê a natureza. Esteve
sempre lá, não é preciso ser defendida.
Sim,
quando dizem ignorar o nome dos seus antepassados que por mil e quatrocentos
anos deram a sua vida para libertar a Europa do islão.
Dizem
que não sabem quem são os seus antepassados e que a sua vida era lixo. E que se
morreram isso é irrelevante. Contemplemo-los. Têm razão. Olhando para eles
vemos que vêm de antepassados anónimos e sem valor. É a sua justiça que os
condena.
Sim
e sim. Porque compete aos católicos martirizar os católicos e mostrar-lhe que
vivem sonâmbulos. É melhor ser acordado por mão exigente, mas amiga que por
piratas que nos chamam para mercados de escravos.
Alexandre
Brandão da Veiga