Fragilidades do islão V
Em sétimo lugar o islão
foi fragilizado pela ideologia multicultural que imperou na Europa desde os
anos 90 por influência britânica e americana. Precisamente o inverso do que
queriam os cultores do multiculturalismo.
O primeiro passo desta ideologia
foi o de marcar a alteridade absoluta, o de exigir o direito à diferença, à
radical diferença. Hoje em dia, os mesmos que exigiam a radical diferença ao
islão apresentam-se com um discurso mitigado, a típica estratégia do «sim,
mas…». Sim, há crianças de nove anos casadas com homens maduros entre os refugiados
na Noruega, mas…. temos de perceber as circunstâncias. Sim, é feio bater nas
mulheres, mas… temos de perceber outras culturas. Sim, é feio lapidar pessoas,
mas… temos de dar tempo ao tempo. O lobo colocou a pele de cordeiro para nos obrigar
a compreender o inaceitável. A diferença radical passou a ser excepção a valores
que se admitem comuns.
A questão é que esta nova
estratégia deixou de ser credível. Perdeu-se o efeito de surpresa, a
contradicção com o passado fica notória.
O filo-islamismo decorre
de muitos factores. Tudo na vida decorre sempre de muitos factores já o sabemos.
Interesses políticos eleitorais dos trabalhistas ingleses, socialistas
franceses e verdes alemães, interessados em substituir eleitorado popular que
se vira para direita, ignorância das culturas alheias, religiões irénicas de substituição,
herança da ideologia colonial em que os nativos se mantêm nas suas culturas
desde que a segurança não esteja em causa. Há de tudo. Mas em última análise o
filo-islamismo na Europa resulta de uma visão uniforme do ser humano, em que as
diferenças são irrelevantes, em que o homem é um produto industrial
padronizado. A diferença é apenas uma marca comercial, que no fundo em nada
afecta o produto. Comungando todos da mesma natureza, nunca podemos desenvolver
diferenciações substantivas.
Ora foi precisamente esta
ideologia multicultural de origem colonialista britânica que mais prejudicou a possibilidade
da convivência pacífica do islão com a Europa, e dificultou um seu verdadeiro
reforço. Tanto mais abespinhado quanto mais frágil, o islão faz a sua força na
exacerbação… e a sua fraqueza. Se o menino faz birra é sinal de que tem razão.
Até lha deixarem de dar de todo. A injustiça nesse caso começa a ficar do lado
contrário, também ele agastado. Mas neste caso já é tarde demais.
Em suma, muitas as
fragilidades do islão: divisões religiosas e étnicas e geográficas. Cultura
sobre pressão no Oriente e em grau cada vez maior no Ocidente. Cristianizada
internamente de modo inelutável no seu modo de pensar. Sem prestígio cultural.
Confrontado com uma religião que sempre praticou a autocrítica como o cristianismo
e sem ter armas próprias para responder ao ataque crítico. Escorregando cada
vez mais para a alegoria, sempre sinal de religião em fenecimento progressivo. Vítima
de conversões ao cristianismo religioso, prático ou ao ateísmo de base cristã. Fragilizado
e desautorizado pelo multiculturalismo que lhe deu visibilidade pela primeira
vez na Europa. Visibilidade que lhe mostra as fracturas.
Há uns simplistas que dizem
que islão está a morrer. Por dentro, demograficamente, por a religião que mais
cresce no mundo ser o cristianismo, sobretudo na sua versão evangélica. Desconfio
de estatísticas apressadas. Mas se o islão nasceu também por ensinamento
cristão mal assimilado está agora a forçar-se à mudança sem conseguir de novo assimilar
a aprendizagem do cristianismo. Dilema trágico: ou o assimila dissolvendo-se,
ou o recusa fragilizando-se ainda mais. O seu destino político, apenas político (desafio algum leitor a
que em diga ter lido algum manual de teologia islâmica que o tenha esmagado
pela sua grandeza cultural) é uma manifestação da sua fragilidade intrínseca. Sem
a vitória política condena-se aparecer nu perante o espírito europeu. Aparece o
que sempre foi. Deixo a valoração para o leitor.
Alexandre Brandão da Veiga
1 comentários:
O Multiculturalismo Badalhoco vai ter que se aguentar
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Ora, de facto, o multiculturalismo badalhoco teve triliões de oportunidades... optou por dedicar-se à bandalheira... vai ter que se aguentar: leia-se, vai ter que levar com aqueles que PURA E SIMPLESMENTE reivindicam o LEGÍTIMO Direito à sobrevivência da sua Identidade!
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-» Nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!
-» Os 'globalization-lovers' nazis que andam por aí... buscam pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones.
-» Pelo contrário, os separatistas-50-50 { separatismo--50--50.blogspot.com/ } não têm um discurso de negação do Direito à sobrevivência de outros... mais, os separatistas-50-50 não são anti-imigração... isto é, os separatistas-50-50 apenas reivindicam o legítimo Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones!... LEIA-SE: os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins... que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa!
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P.S.
Exemplo: A vulgarmente designada Esquerda Multiculturalista (multiculturalismo badalhoco) não se preocupa com a construção duma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher)... critica a repressão dos Direitos das mulheres... todavia, em simultâneo, para cúmulo, defende que... se deve aproveitar a 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países {nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos}... para resolver o deficit demográfico na Europa!?!?!
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P.S.2.
Quando se diz «todos diferentes, todos iguais...» isto é, todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta [nota: inclusive as de 'baixo rendimento demográfico'... inclusive as economicamente pouco rentáveis...], Nazis Económicos - desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica - proclamam logo «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia...»
[nota: os nazis económicos (nazis-à-USA) provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]
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P.S.3.
Uma questão é a ajuda a refugiados... uma outra questão são os 'globalization-lovers' nazis que usam os refugiados como arma de arremesso para negar o direito à sobrevivência de outros (leia-se, das Identidades Autóctones).
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