Simbolismo confuso
O site da CML descreve como uma «cerimónia, simples, carregada de simbolismo» a «homenagem de uma cidade» a Eusébio da Silva Ferreira. O carro parou à porta da CML, foi aberta a bagageira, assim ficou numa confusão de vereadores e bombeiros perfilados a par das pantufadas de assessoras aos fotógrafos que faziam o seu trabalho. O caixão ali estava, nem dentro nem fora do carro, porta aberta, nem dentro nem fora da Câmara. Durante longos minutos embaraçosos, sem decoro protocolar nem simplicidade, batiam-se palmas, paravam, voltavam a bater até que a trapalhice se tornou incómoda. Ninguém percebia o guião. A voz off da TV queimava os minutos daquele vazio chamado «cerimónia carregada de simbolismo». Fechada a mala, o carro seguiu, finalmente entregue à cidade.
Lembrei-me da bandeira nacional mal hasteada no dia 5 de Outubro.
Para quando uma «reforma litúrgica» na CML?
4 comentários:
Creio que tem toda a razão. No Tempo do dr. Santana Lopes é que era uma verdadeira organização. Ai, ai, bons tempos !
Sem um Deus, é ridícula qualquer Liturgia!
Há que ser coerente ...
João, não concordo consigo (se falarmos, como falarmos aqui metaforicamente, de liturgia como um cerimonial). Quem não tem Fé tem o sentimento da despedida de um morto ainda mais acentuado. Por isso a forma deve ser ainda mais cuidada.
Tem razão, Inez. Obrigado por me chamar a ela...
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