Quem não erra, não melhora
Entrevistado ontem na SIC, José Manuel Durão Barroso voltou a sair seco da tempestade. Quando José António Teixeira lhe perguntou se, tal como António Guterres, se considerava relativamente responsável pelo estado a que o País chegou, Durão simulou uma humildade genérica para, logo depois, se afirmar como primeiro combatente da consolidação orçamental. Compreende-se.
Mas o final da resposta acende todas as campaínhas sobre o percurso deste político. Durão destacou apenas os anos de 2002 e 2003 a 3% e sublinhou que, sobre 2004, não era responsável. Fica-lhe mal empurrar essa lama para um sucessor que fez o favor de herdar os seus compromissos com o Povo português. Qualquer arquivo nega coerência à sua memória. Quando, no final do 1º semestre de 2004, abandonou o País para seguir outro sonho de poder, o défice estava em 6,8%, ou mais, segundo o Governador do Banco de Portugal, Victor Constâncio. E lá ficaria, nesse despiste, se não fossem as medidas tomadas pelo XVI Governo Constitucional.
Guterres terá sido castigado politicamente pela honestidade da sua resposta. Mas será menos imperfeito no futuro, quando ambos se perfilarem para a liderança da ONU ou para a Presidência da República, em Portugal.
1 comentários:
Querida Inez
Conocordo totalmente!!!
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