Árvores no Terreiro do Paço
Segundo li na imprensa outra vez, o arquitecto responsável pela proposta do novo "plano" para o Terreiro do Paço, plano que ao que parece ainda ninguém pôde ver e que tem como emblema um eixo "estruturante" entre o arco e o cais das colunas (pois toda a gente que entra na praça vai apanhar o batel), defende que não se podem plantar lá árvores porque as pequenas são ridículas (concorde-se) e as grandes tapam os edifícios. Afinal é mesmo preciso ir a Paris. Menos arquitectura e mais paisagem é o que aquela praça precisa. Ou não será?
10 comentários:
Desde que não se plantem arbustos (bushes).
And now, for something completely different:
Barack Obama repudiou o cristianismo e está a converter-se ao Islão.
Jon Stewart, do Daily Show, explica-nos, com humor, como os Media nos EUA dão a entender que Barack Obama é um muçulmano encapotado.
VÍDEO legendado em português
Frankie Manning, o rei do Lindy Hop (para aprender a dançar). Ele morreu anteontem mas a festa dos seus 95 anos mantém-se...
È claro que o Terreiro do Paço era dos piores sítios do país para se plantar àrvores, sobretudo de grande porte, dado que as raízes das àrvores iriam danificar muito o sistema de estacas e de circulação de àgua interior, já de si ao que parece (uma bomba na Baixa ao retardador, que pode causar centenas de mortos num instante!) bastante afectado pelas recentes obras do Metro e quejandas.
Com os melhores cumpts.,
CCInez
Inez tem toda a razão. Mas o que querem?! O enciclopedista Lains - especialista em tudo e em coisa nenhuma - é que sabe. Ele até viu em Paris uma praça com árvores de grande porte!...
as raízes são um problema? talvez, embora não me pareça. mas na escola todos aprendemos que elas podem ser controladas pela poda das copas. a tradição tem medo das raízes de árvores mas uma câmara sabe mais do que isso. e não é preciso ir a paris. basta ir ver os plátanos de s. pedro de sintra. apesar de tudo, uma resposta séria para um assunto sério: as árvores de lisboa.
Árvores no Terreiro do Paço seria como asfaltar o Parque Eduardo VII ou Monsanto...
O que o Terreiro do Paço precisa é que se acabe de vez com obras e mais obras, e que não se autorizem ali a instalação de "barracas", ao gosto dos fregueses.
Mais - os Ministérios podem lá ficar, pois não parece que isso colida com a animação que se deseja para as arcadas.
Tomara que a Praça estivesse impecavelmente conservada, exemplarmente limpa, e pudesse dispôr das melhores condições para ser frequentada.
Não há que inventar!
Adoptar ali "sofisticações" é tão só e apenas optar pelo mais simples.
O enciclopedista Lains - especialista em tudo e em coisa nenhuma - aprendeu na escola que o crescimento das raízes é controlado pela poda das copas. Se eu bem entendo, à medida que a árvore cresce dão-se umas tesouradas nas copas: elas não crescem em altura e as raízes não se estendem. Então, se é assim, diga-nos lá o enciclopedista Lains se faz sentido plantar árvores de grande porte onde elas não devem crescer para as raízes não se esticarem muito? Os plátanos de Sintra não têm a ver para o caso. Ou quer encher o Terreiro do Paço de plátanos baixinhos?
Gosto da minha cidade como é.
E hoje, já todos sabemos que, além de não poder ter árvores, também não poderá ter calçada Portuguesa. Perfeito!
Apesar de tudo, também gosto da minha Lisboa como é. O meu Pai nasceu num casarão em Santa Apolónia, donde guardo das minhas primeiras recordações. Passava horas num grande jardim alto, com vista para a rua onde passavam estrondosamente eléctricos, carroças, carros de bombeiros - e "meninos da rua" descalços... De uma das salas via o Tejo e sua azáfama de rebocadores, fragatas e cargueiros.
Hoje, moro em Sintra, num apartamento dos anos 60, donde vejo o Palácio da Pena e verdura circundante.
Não me parece que as árvores sejam um elemento indispensável no Terreiro do Paço (eventualmente árvores em vaso) pois é uma praça demasiado urbana, monumental, para isso - não tem nada de íntimo ou de prazenteiro - lembro-me da Concorde em Paris, que é linda e também "árida".
O nosso Terreiro do Paço tem um elemento natural suficientemente forte que é o Tejo, com o seu "humor", variável ao longo dos dias.
João Wemans
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