segunda-feira, 13 de abril de 2009

Argumento adaptado

Passou há algumas semanas na tv um episódio da série "Irmãos e irmãs". Série que vi mais no início e que agora, como todas as coisas, parece que vai perdendo a graça à medida que o tempo passa.
Um casal, constituído por um homem pai de filhos de um casamento anterior e por uma mulher sem filhos, tentam ambos ser pais de uma criança. Por peripécias várias parece que iriam recorrer a uma espécie de adopção(?). A mulher visita no hospital aquela que seria a mãe da criança que iriam adoptar. Visita essa que não corre bem e que acaba com a possibilidade da dita adopção.
Quando relata a visita ao marido e ele discorda dessa atitude, a mulher justifica-se dizendo que achava que aquela solução não iria resultar, que o bebé não lhes seria entregue, afirma enfim que preferiu agir assim porque não queria que lhes partissem o coração.
Nesse momento, o marido fita-a, calma e secamente diz-lhe: " - Se não estás preparada para que te partam o coração, não estás preparada para ser mãe."
Fim da cena.
Partem-nos o corpo ao meio para nascer, partem-nos o coração todos os dias. É o único amor que não parte nunca, que não perde graça, que nunca passa, esse amor que une pais a filhos.
Não consigo entender a notícia que ouvi há pouco: há crianças adoptadas que são devolvidas às Instituições, geralmente as maiorzinhas, com 5,6,7 anos.
O amor de um pai a um filho,biológico ou adoptado, nunca passa.
Se esse amor passa é porque nunca existiu.

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