segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Barack: Ano 1

Barack Obama, o futuro presidente dos Estados Unidos, é a alvorada depois de uma longa noite americana, a noite de Cheney, Rumsfeld, Wolfowitz, Abu-Ghraib, Guantanamo, os muros fronteiriços, o Patriot Act, as armas de destruição maciça, a auto-destruição de Colin Powell, a Haliburton, o caos. No debate da semana passada na Universidade do Texas,

Barack mostrou aquela clarividência que distingue os políticos dos líderes, e que capta a atenção de todos, mesmo os que mais abominam o cheiro acre dos corredores do poder. A sua mensagem é clara, o seu apelo é transversal e, mesmo que alimentada pela ilusão dos "speech writers" e dos "poll wizards", a sua marca ganhou o sinal do reconhecimento. Olhamos para ele, para a serenidade e para a confiança dele, sentimos o impacto da firmeza na sua voz (a melhor voz da política dos EUA desde Reagan) e percebemos que já não estamos a julgar um político profissional, estamos a aceitar profundamente uma esperança.
Acreditar em Obama é acreditar no melhor da América, e acreditar no melhor da América é ganhar o ânimo suficiente para acreditar num futuro melhor. Se Obama se revelar uma desilusão, será uma desilusão irrecuperável.

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