sábado, 29 de dezembro de 2007

O Último Estertor do Poder Financeiro Nacional?

O Presidente da República Portuguesa convoca a Administração do BCP para audiência. Exactamente para quê não se sabe mas, parece legítimo pressupor, para um «puxão de orelhas» e exortar, essencialmente, ao respeito sempre muito devido ao excelente Governador do Banco de Portugal.

O excelente Governador do Banco de Portugal, enchido de brios, toma conta do assunto , decide quem deve mandar no BCP e, pelo meio, sete anos depois, em conjunto com a muito douta CMVM, compreende que, afinal, nem tudo irá bem pelo Reino do Banco mais Português de Portugal, e manda investigar...

A Administração do BCP, com o respeitinho devido ao Presidente da República, ao Governador do Banco de Portugal e sabe-se lá a quem mais, acata respeitosamente as ordens emanadas dos seus superiores.

Entretanto, não se ouvindo nem uma palavra da destituída Administração ou dos restantes accionistas, chega a vez do Fundador vir também dar a sua bênção final a todo o processo, retirando-se, finalmente, de cena, pela esquerda baixa.

Entretanto também, necessário sendo encontrar novo Presidente para a Caixa Geral de Depósitos, eis que se encontra a muito consensual figura de Faria de Oliveira, como soe dizer-se, um homem da casa _ e, por acaso, mero acaso, ex-Ministro do Dr. Cavaco Silva enquanto Primeiro Ministro de Governo de Portugal.

Muito bem feito, muito expedito, limpíssimo, como dirão todos aqueles a quem o socialismo que nos esmaga, paulatinamente nos empobrece e, por fim, haverá de nos envilecer a todos, não afecta.

Entretanto ainda, uma última pergunta parece ficar a pairar no ar sem resposta: porque não há ninguém que se revolte e diga o que é de justiça dizer e todos, unanimemente, se calam?

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