quinta-feira, 17 de maio de 2007

I. Les Négriers en Terres d'Islam. La Première Traite des Noirs, VIIe-XVI siècles, Jacques Heers, Perrin, Paris, 2004

Hoje em dia qualquer um que faça uma tese sobre História contemporânea (desconfio sempre que, quando não aprendeu latim e grego se dedicou à História contemporânea por a restante lhe ser vedada por falta de acesso às fontes) já se sente autorizado a falar em nome da Historia. Diz-se cientista e apela no espaço público para a sua qualidade de cientista. Quando no espaço público, caso seja cientista, não pode estar a defender uma tese ideológica. O seu ethos tem de ser diverso.

A verdade é que Jacques Heers pertence a outra lavra. É um historiador de grande competência, com trabalhos realmente importantes de investigação sobretudo sobre a Idade Média, e da longa Idade Média. Não a lei das sesmarias. Em acréscimo tem à sua disposição instrumentos muito vastos de investigação que o não especialista não conhece e de que não dispõe.

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