terça-feira, 15 de outubro de 2024

Os católicos são ridículos?

 

 


 

Sim. Quando são os idiotas úteis dos comunistas nos anos de 1939, dos maoistas dos anos de 1970 ou actualmente dos maometanos.

 

Sim. Quando falam em valores e solidariedade, conceitos, um burguês e o segundo aburguesado, em vez de falarem de virtudes e caridade. Conceitos externos e não como os conceitos cristãos e pagãos, sinais de irradiação de energia interior alimentada pelo Espírito.

 

Sim, quando dizem que o cristianismo é sobretudo uma moral, ignorando Santo Agostinho que dizia ama, et fac quod uis, ama e faz o seu que quiseres. Julgam que Nosso Senhor veio a esta Terra dar bons modos burgueses.

 

Sim. Quando dizem que são cristãos mas não dogmáticos. Ser católico é ser dogmático, o que todos sabem impediu descartes galileu e pascal de pensar.

 

Sim, quando de novo acham que o cristianismo é ser bonzinho e nunca falam de mística, de dogmática, de eclesiologia, de escatologia. Quando dizem que o que interessa é seguir Jesus e não lhes interessa a Santíssima Trindade. Religião sem conteúdo nem pensamento, território apenas de bons sentimentos, não se espantem de serem chamados de estúpidos.

 

Sim, quando acham que a democracia e os direitos do homem são a realização mais perfeita do cristianismo. E assim caem em duas heresias ao mesmo tempo. Idolatras de um regime político, não acreditam na comunhão dos santos, mesmo que a confessem da ponta dos lábios. A comunhão dos santos implica que a vida dos nossos antepassados é tão válida quanto a nossa, de igual valor os seus sofrimentos, ideias e limites. Não. Para o católico moderno ter anestesia no dentista, telemóvel e a democracia torna-o superior a São Tomás de Aquino e Santo Irineu de Leão, mesmo que saiba no íntimo que nem uma das suas palavras vá ser lembrada quando morrer.

 

Sim. Quando acham estar fora da História, protegidos pela rede de segurança feita pelos seus antepassados, rede que vêem como um macaco vê a natureza. Esteve sempre lá, não é preciso ser defendida.

 

Sim, quando dizem ignorar o nome dos seus antepassados que por mil e quatrocentos anos deram a sua vida para libertar a Europa do islão.

 

Dizem que não sabem quem são os seus antepassados e que a sua vida era lixo. E que se morreram isso é irrelevante. Contemplemo-los. Têm razão. Olhando para eles vemos que vêm de antepassados anónimos e sem valor. É a sua justiça que os condena.

 

Sim e sim. Porque compete aos católicos martirizar os católicos e mostrar-lhe que vivem sonâmbulos. É melhor ser acordado por mão exigente, mas amiga que por piratas que nos chamam para mercados de escravos.

 

 

Alexandre Brandão da Veiga

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