segunda-feira, 30 de junho de 2008

Burocracia mórbida



Uma amiga precisou de pedir uma certidão de óbito de um irmão para poder fazer uma escritura. A coisa atrasou-se mais do que o previsto e quando finalmente lhe marcaram a dita escritura o notário informou-a que teria de voltar a pedir a certidão de óbito porque ... tinha sido ultrapassado o prazo de validade de seis meses.
Quem é que disse que vivemos num Estado Lai[...]

(mais)

Agora “odeio” eu (um bocadinho atrasado)


(mais)

domingo, 29 de junho de 2008

Francisco Suárez e a democracia directa...


Já há algum tempo que ando para aqui transcrever um pequeno texto do De legibus ac Deo legislatore de Francisco Suárez (Coimbra, 1612), co[...]

(mais)

sábado, 28 de junho de 2008

Onde está a nossa manhã de quatro patas?


Passei esta semana alguns dias de férias – sem rede, nem computador, mas com saudades iguais às da Sofia Rocha. Um dia, a caminho da praia, como que acordando da m[...]

(mais)

Escutar às portas

Às vezes temos tanta pena que certas conversas não sejam nossas. Como esta entre a Madalena Lello e o João Luis Ferreira, que escutei de ouvido encostado à porta.
Como não me atrevo a entrar nos grandes temas, vou parasitar vergonhos[...]
(mais)

A cidade ideal, o arquitecto, a fotografia e o peão

Madalena,

Decidi trazer para a G60 o nosso diálogo no saisdeprata-e-pixels. Post com post se paga!

A sua posição é a de ver a realidade através da fotografia e, por isso, o olho atrás da lente descodifica uma paixão do real retirado do seu movimento, fazendo do momento algo que permanece como substituição do real. Essa permanência que a fotografia é não é bem uma oposição ao tempo mas uma espécie de “instante” subtraído, algo retirado do movimento, um momento quase sem duração, mas que, enquanto registo, dá à posteridade uma imagem que se aproxima de alguma coisa que, alguma coisa, terá sido. O viajante, aquele que passa, vai registando na sua memória uma si[...]
(mais)

Dois mundos









(mais)

Praia sem areia


Praia sem areia. Chegar, pousar, esticar na espreguiçadeira, ir tomar banho de mar, água a 24.º, enxugar, ir almoçar na esplanada, ler, ler, ler. Olhar o Reid´s em frente, um dos hotéis mais bonitos do mundo. Penha de França Mar, a cinco minutos a pé do Funchal. E uma felicidade imensa de Abril a Outubro. Deve ser do calor, porque há dias que não consigo pensar noutra coisa.

(mais)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Se Me Olvidó Que Te Olvidé

É quase meia-noite e imagino que a velha e grande Rússia esteja a enforcar mágoas num lençol de vodka. Sugiro-lhes, aos súbditos de Putin e Abramovic, esta cansada ode ao esquecimento. Um bolero apócrifo com matizes de flamenco. Ou não fossemos, logo hoje, só hoje, todos espanhóis



Bebo Valdez e Diego Cigala, Se Me Olvidó Que Me Olvidé

(mais)

Da Visão: Mitos Democráticos

1 – Não vou perder tempo a tentar perceber o que é que os irlandeses «realmente» queriam dizer com o seu «não» ao tratado de Lisboa. Até prova em contrário, «não» quer dizer «não», ponto final parágrafo.
Dito isto, vale a pena fazer uma reflexão sobre o caminho que trouxe a Europa até este beco sem saída. Tenho para mim muito claro que um dos grandes mitos das nossas sociedades democráticas modernas é a ideia de que «mais democracia» e sobretudo «democracia mais directa» são sinónimos de «melhor democracia». Triste mito. Santa ignorância. Não é por acaso que os «founding fathers» americanos (que, goste-se ou não, são os pais fundadores de todas as modernas democracias liberais) rejeitaram explicitamente esta interpretação populista do ideal democrático. Muito melhor do que a maior[...]

(mais)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Brincadeirinha ( Parte II)

"Crise não passou pelo Estoril Sol Residence (...) A maioria dos compradores são portugueses e o restante estrangeiros ou " portugueses a morar lá fora" (...)" - In Público 25-6.

É o metro quadrado mais caro do país.
Dando de barato que o Cristiano Ronaldo lá tenha comprado apartamento, mais o José Mourinho, pergunto: será que o Dr.Vale e Azevedo, lá de Londres, já terá dado a sua ordem de compra?

(mais)

O Sonho e o Tempo

Goya, Las Viejas - uma interpretação do tempo?
Talvez a vida não seja mais do que sonho, talvez a nossa pequena vida esteja cercada, apenas e só, por um redondo sono.
Prefiro pensar que, mais do que a matéria com que se constroem os sonhos, é o tempo a substância d[...]
(mais)

Brincadeirinha ( como se diz do outro lado do Atlântico)

"(...) Acresce que em termos de concorrência este Governo acumula mais cadastro do que currículo." - In Público de 25-6.

ERRO, MENTIRA, BRINCADEIRINHA. A Concorrência tinha muito currículo. O Prof. Abel Mateus tinha muito currículo. O que o Prof. Abel Mateus não tinha era de dizer no Verão de 2006 em entrevista a um semanário que o que se estava a passar era muito grave. I. é, que a Autoridade da Concorrência fazia o seu trabalho e depois todas as empresas em Portugal recorriam de todas as decisões da Autoridade para o Tribunal de Comércio de Lisboa, onde ficavam, SUSPENSAS, durante vários anos ( todas as decisões da AdC são recorríveis com efeitos suspensivos). Como vivemos num país livre e democrático, a crítica foi devidamente encaixada, ninguém ripostou nos jornais, pensei [...]

(mais)

Tributo aos leitores de jornais

Henri Cartier-Bresson, Livorno, 1933

(mais)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Como vêem os chineses o referendo irlandês?

Não vejo com alegria o resultado do referendo irlandês. Vejo-o com realismo. Todos se penduram sobre o seu resultado, mas a dinâmica dos votos hoje em dia é tão múltipla que cabe num mesmo resultado toda a premissa e a sua contrária. Da extrema-direita à extrema-esquerda, dos europeístas aos anti-europeístas, dos preocupados com o curto ao longo prazo, errados ou não, muitos apoiam a negativa que aflige (e alegra) a Europa.

Seja. As causas são múltiplas e não as vou analisar aqui. A classe política diz muitas vezes que é preciso aproximar a Europa dos europeus, que é preciso explicar, no que têm alguma razão, mas esquecem que é do excesso de proximidade das classes políticas que nasce muito do desprezo da população por ela. “Eles são como a gente” dizia[...]
(mais)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

As Medalhas de Madre Teresa

O actor Martin Sheen (Apocalypse Now) é tão fervoroso católico como fervoroso anti-Bush. Durante a Guerra do Golfo, veio com a[...]
(mais)

Votos Apartidários II

Como estou em período sabático de leitura de jornais, de televisões e de blogs - a desculpa é o Euro 2008 e agora torço pela Rússia - fiquei totalmente surpreendido quando o nosso amigo e co-blogger MM me deu a informação de que a Sofia é Vice-Presidente do PSD. Aliás, fiquei foi agradavelmente surpreendido. Parabéns Sofia e bom trabalho. Também estou a ficar apartidário, como o MSF, mas sei que há algo nestas andanças que não podemos dispensar: uma oposição forte e inteligente e quanto a isso espero o melhor deste novo PSD (embora as declarações sobre o investimento público da nova Presidente mostem que ela ainda não está a ver bem a coisa... Mas verá um dia, verá um dia...).

(mais)

domingo, 22 de junho de 2008

Votos Apartidários

O editorial do “Geração de 60” propõe, à maneira de Stuart Mill, um “marketplace of ideas” cuja construção é “um direito, mas sobretudo uma responsabilidade de cada um de nós – que não pode ser inteiramente delegada em partidos, nem em corporações, nem no chamado sistema mediático”.
Está implícito - fica rotundamente claro – que esse “fórum de ideias” não p[...]
(mais)

Clarabela: uma carta de amor

Minha querida:

Confundir o teu nome é trocar o dia pela noite, sonhos por pesadelos, sorrisos por lágrimas, laços por espinhos, pele por granito, poemas por gritos, rosas por heras, pradarias de relva apetitosa pelo alcatrão das ruas. Não há no teu rosto uma marca de tristeza, desconsolo, ressentimento, só um bovino encanto de vida.

Preso nos olhos do amor que te escapa, das lembranças das nuvens le[...]
(mais)

O Medo

Já ouvi muitas explicações para a derrota portuguesa com a Alemanha (pouca concentração, pouco empenho, pouca preparação, árbitro, os acasos do futebol). Todas têm um pouco verdade. No futebol, o resultado é sempre fruto da conjugação de diferentes variáveis. No entanto, a razão principal para a derrota portuguesa foi o medo de errar. Durante os dias que antecederam o jogo a ênfase da análise esteve sempre no risco de errar e nas fragilidades da nossa equipa. Os jogadores portugueses sentiram isto e estavam tão preocupados com o erro que demoravam mais tempo a pensar o jogo e a reagir às acções do mesmo. Nos primeiros 25 minutos foi óbvio que Portugal estava sobretudo preocupado com o jogo da Alemanha e com os riscos que corriam. Nos lances d[...]
(mais)

Sem Ódios, mas com muitas irritações


Caro Manuel,

Seis!? Um já é um exagero.

Ódios momentâneos são irrita[...]
(mais)

sábado, 21 de junho de 2008

Калинка, калинка, калинка моя!

Hoje, a noite convida a este lânguido e melancólico embalo. É noite de afiada meia-lua, noite de holandeses voadores, intrigados provavelmente com a forma como o Coro do Exército Vermelho (bizarramente acompanhado pelos Cowboys de Leninegrado) canta o “Kalinka”.

Kalinka, kalinka, kalinka moya! / V sadu yagoda malinka, malinka moya!

Junípero, junípero, meu junípero! / No jardim está a framboesa, a minha framboesa!

A esta hora, meta[...]

(mais)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Rondo alla turca

Os croatas que me perdoem, mas uma noite de Verão como esta bem merece um delicioso rondo alla turca.



A Marcha Turca de Mozart por Ivo Pogorelich

(mais)

O corvo da Maga



Então Pedro Marta Santos? Como é que se chamava o corvo da Maga Patalógica?

(mais)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Viva a pré-época



Pronto, acabou. Venha daí a pré-época! A única altura do ano em que um português benfiquista consegue ser verdadeiramente feliz. Para o ano é que vai ser.

(mais)

Ego vox clamantis in deserto...


A chamada “lenda negra” espanhola – que a nós, portugueses, muito interessa –, é, em boa medida, fruto de uma propaganda de muitos séculos que, levada a cabo pelos opositores do ent[...]

(mais)

Ódios grandes, pequeninos & embirrações

Coisas que tornam a minha egoísta vida menos prasenteira:

1 - Moscas, insectos rastejantes e cobras;
2 - Andar de barco;
3 - Os cafés mal tirados na auto-estrada que custam 90 cêntimos;
4 - O olhar seco do empregado de mesa quando lhe peço um robalo pescado à linha e se desfaz em amabilidade para com o estrangeiro que lhe pede um frango afogado em molho;
5 - Estar de férias num sítio sem rede que não me permite escrever nem ler o geração de 60, nem fazer comentários e ter os amigos a pensar que desertei;
6 - O cheiro a podre das flores mortas da campa da minha mãe.

(mais)

Prontos! Eu também odeio...

Confesso que me é difícil dizer aquilo que odeio. Tenho muito má memória, pelo que, às vezes até contra a minha vontade, acabo quase sempre por perdoar. Perdoar os outros, no entanto, que a mim é mais difícil perdoar. Porque aquilo que odeio está cá dentro, muito mais do que nos outros, fora de mim. Dito isto, vamos ao que interessa:

1. Odeio as minhas fragilidades, recorrentes e antigas, e sobretudo ter medo delas.
2. Odeio o medo.
3. Odeio a mentira. Não aquela que diz "sim" quando é não, mas aquela que, a partir de dentro, nos esconde e impede de ser.
4. Odeio não ser compreendido e a minha incapacidade para melhor me mostrar.
5. Odeio a guerra. Não aquela dos soldados e dos canhões, que, sendo odiável, não conheço. Mas odeio aquela guerra que se instala entre as[...]

(mais)

Amor/ódio


Para o bem e para o mal, sou uma pessoa mais positiva do que negativa, com tendência para ver o lado positiv[...]
(mais)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Hate is Good

Em resposta ao Manuel Fonseca (a quem sindicalmente lembro que estou em frente ao computador com um olho inflamado depois de oito horas engalfinhado no ecrã de uma empresa que tanto faz reluzir o nosso peito), aqui vão os meus seis ódios de estimação - acabei de os seleccionar entre os cerca de setecentos que guardo num livro negro atado ao interior de uma réplica da Iron Maiden em aço inox
(mais)

Are We Trying to Avoid the Pots and Pans?

Of course we all have a million and one things to do-why not make cooking “one” of the million?

I was a complete disaster in the kitchen. It wasn’t exactly the “porn movie or low budget film” one sometimes makes before hitting the big time-but if there was a camera following me around back then, even the lens would have to be cleaned from time to time with all that food flying ! The mountain of items to be washed that built up in the sink during the “construction” was never a pretty sight either- it would make any home owner want to hit you over the head (usually with the cast iron frying pan being first choice). Keep it as simple and easy as possible-organized and clean as you go along.

For all of you who feel there is no hope in the kitchen-there is!
Shopping for di[...]

(mais)

De orelhas bem a arder


foto gentilmente roubada a WEHAVEKAOSINTHEGARDEN

A não perder no Público de hoje: «As premências de uma antigamente Ministra». Por João Bénard da Costa.

(mais)

Jornalismo de referência

Grande manchete a do DN de hoje. Não há nada como um jornal de referência para nos ajudar a organizar a realidade complexa em que vivemos e para nos ajudar a prioritizar os grandes males do Mundo. A energia cara que se lixe. A crise dos alimentos que se dane.

(mais)

III. Noctes Atticae, Aulo-Gélio, Vol I (livros I-IV), Les Belles Lettres, Paris, 2002

Aceitemo-lo. Uma mistela. Mas quando vemos uma revista actualmente o que vemos? Sob por vezes uma epígrafe enganadoramente unificadora igualmente uma mistela. A revista promete ser de assuntos económicos e aparece o horóscopo, de questões femininas (?), tem artigos sobre política internacional.

Admitamo-lo. Mas é bem mais divertido que a maioria dos jornais. Não tanto pela patine, cujo sabor não pode ser negado, mas mais pela erudição e pelo ridículo a que esta se expõe. Ao mesmo tempo, conclusões que não são destituídas de sentido, e preocupações científicas que não são tontas. Literatura, retórica, linguística, História, Direito, geologia, física, filosofia… Tudo se encontra misturado na obra deste simpático autor.
(mais)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Do que eu odeio...

Said, La Haine
(mais)

La Haine. Resposta a MSF

Manuel, vamos então aos meus «ódios» de estimação:
1 - As multidões. Quaisquer multidões que não sejam a enorme família benfiquista reunida no doce recato da Luz.
2 - A areia da praia. Não tenciono morrer sem que alguém tenha inventado uma praia alcatifada ou forrada a linóleo. E deserta, claro.
3 - As pipocas. Sobretudo as pipocas no cinema.
4 - O José Saramago. Está bem, concedo. Falar em «ódio» é talvez forte demais. Fico-me por uma valente implicação.
5 - O Sporting. Aqui sim. Ódio verdadeiro e primordial. Puro. Profundo. Granítico. Inabalável.

(mais)

II. Noctes Atticae, Aulo-Gélio, Vol I (livros I-IV), Les Belles Lettres, Paris, 2002

Que nos diz este primeiro volume da edição das Belles Lettres?

O passeio turístico é imenso. Desde as teorias estóicas sobre o bom, o mau e o indiferente (I.II.8 ss.), a casos jurídicos (I.III). A ideia de ponderação de bens, velha como o mundo (I.III.21), os limites das relações humanas (“é preciso ajudar os amigos mas sem ofender os deuses”) (I.III.20), os usos de “debet” e “habet” (I.IV.6), o excesso de toilettes dos rectores Demóstenes e Hortênsio (I.V). “Um censor não deve falar como um rector” (I.VI.4). As palavras de Metellus: “os deuses imortais devem recompensar a virtude, não fornecê-la” (I.VI.7), a origem da palavra “futurum” (I.VI.6), Plauto é referido como o escritor mais refinado da língua latina (I.VII.17), o uso da[...]
(mais)

A propósito do referendo

Como imaginam eu não posso comentar o referendo irlândes e as suas consequências mas, na sequência do artigo da Inês, faço copy/paste de um artigo que acaba de me ser enviado por um colega norte-americano (e grande constitucionalista) e que me parece conter uma ideia extremamente provocadora a este respeito...

A better way with referendums
By Bruce Ackerman and James Fishkin
The Irish No provides Europe with an opportunity to rethink its approach to referendums. Ever since Napoleon initiated the modern practice two centuries ago, referendums have been one-shot affairs – the people going to the polls to say Yes or No without taking preliminary steps to deliberate together on the choices faci[...]
(mais)

Foi Deus que deu esta voz aos irlandeses

O voto dos irlandeses - o único possível na União - representa o «grito de cidadania» de todos os europeus que não puderam pronunciar-se sobre o Tratado de Lisboa. Nele confiámos a insatisfação pela representação não democrática da prática europeia do último meio século. E a ele devemos - depois da Dinamarca, da Holanda e da França, em fases anteriores - a nesga de democracia, leia-se de soberania popular, que sobra a quem sustenta os colarinhos de Bruxelas.
Agora que releio o parágrafo anterior vejo que Louçã ou de Sousa não diriam melhor. Sobretudo na expressão «grito de cidadania». Deveria horrorizar-me com esta tentação de os deskar semanalmente. Mas a verdade aproxima-nos perante a produção, c[...]
(mais)

Como proteger os filhos dos seus pais?

Parece que a CONFAP, confederação das associações de pais, veio hoje, mais uma vez, insurgir-se contra a avaliação por exames. Supostamente os exames são injustos, pois testam, num par de horas ou minutos, o conhecimento (não) adquirido ao longo de anos. Trata-se de um argumento simplista e redutor. A avaliação por exame tem, como outras, o seu lugar e permite apreciar capacidades e "competências" (para usar o jargão das "ciências" da educação) que outras formas de avaliação decididamente não permitem. Claro, a avaliação por exame, quando estes são bem elaborados e bem corrigidos, é selectiva e imparcial. Obriga a um enorme esforço e a uma aquisição de hábitos de trabalho e de planeamento. Faculta naturalmente um instrumento de aferição comparativa dos conhecimentos. Apesar de imperfe[...]

(mais)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Seis grandes ódios (Caro Manuel, o ódio nunca é pequeno!)

Odeio:
- O ódio e não conseguir resistir a ele…
- A espera.
- Nós e eles.
- Argumentos de autoridade (sua ou por referência a autoridade alheia: "como diz o Professor tal…") ou retirar das paixões autoridade (os que transformam os seus ideais em razões para impor as suas ideias aos outros).
- Levar-se demasiado a sério (que muitos confundem com ser sério).
- Políticos que detestam a política.
E mesmo não gostando do ódio se pensasse mais um pouco mais ódios teria...

(mais)

Os ódios e as paixões em resposta ao Manuel


Não odeio ser excluída. Antes, isso me obriga a dizer que existo. Por isso Manuel, aqui ficam a minha lista de ódios mas também a de paixões.
Não gosto só de gritar, gosto tam[...]

(mais)

I. Noctes Atticae, Aulo-Gélio, Vol I (livros I-IV), Les Belles Lettres, Paris, 2002

Aulo-Gélio pertence à categoria dos autores que tiveram sorte muito errática. Quase desconhecido em certos momentos da História, redescoberto e adorado noutros, repensado e relativamente desprezado em grande parte deles.

Para muitos tornou-se uma das fontes do anedotário e da erudição do séc. II d.C., para outros é apenas anedótico e fantasista. Nem sempre a justiça se encontra no meio termo, porque muitas vezes é em toda a parte que se encontra.

O grande paradoxo da coisa é que Aulo Gélio é hoje em dia francamente desprezado exactamente porque é dos primeiros jornalistas de qualidade da História. A sua obra pode ser vista pelos olhos contemporâneos como uma espécie de revista, em acréscimo revista de[...]
(mais)