segunda-feira, 23 de junho de 2008

As Medalhas de Madre Teresa

O actor Martin Sheen (Apocalypse Now) é tão fervoroso católico como fervoroso anti-Bush. Durante a Guerra do Golfo, veio com a família e um amigo, a Roma, falar com a Madre Teresa. Pediu-lhe para convencer o Papa a levar o assunto a um tribunal internacional que ordenasse aos beligerantes que parassem a guerra. A irmã perguntou-lhe com candura: “E eles obedecem?”
Recebido o recado, a pequenina Teresa abençoou a mulher e os quatro filhos de Sheen e deu-lhes medalhas de santos. Martin Sheen lembrou-se então de que o seu velho amigo Marlon Brando vivia, na altura, um momento angustiante. E pediu a Madre Teresa que lhe desse mais uma medalha para esse amigo que era um actor famoso. “Quem é”, perguntou ela, curiosa. “Marlon Brando”, disse ele. “Ah. Nunca ouvi falar.”
Sheen regressou e, quando deu a medalhinha a Brando, contou-lhe a história. Diz Sheen: “Confesso que Marlon ficou lavado em lágrimas. It meant so much to him.

A história, contada por Sheen, está aqui na “Intelligent Life”, Spring 2008.

1 comentários:

L. Santos disse...

Medalhas?!... Fé?...Mas que raio sabeis vós da Fé? Madre Teresa! Ó meu Deus, ajudai-me, que estes diabos até dos pobres se servem para falarem dos ricos.
Pobre Eulálio aleijadinho!... Conheçam-no e meditem no exemplo.
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Peregrino sem pernas, sem braços e sem mandíbula inferior, agarra-se à Fé de Fátima com unhas e dentes.

Foi com o traseiro todo dorido pelas centenas de Quilómetros no assento do pobre Mercedes Classe A Park Assis, que o penitente e Filósofo Zé Sócas-te encontrou o Sr. Eulálio que comia milhas do percurso com uma palhinha a uma velocidade impressionante. “ae, eu om eô, um-o ea oea om a aió a aeia e em-oa ê ea uao a haiua ao aao, aoa á eou on-o aa aaeê à Óª Eoª e áia ai um-a eoa o êéê a óia eeiõe ”. (Sabe meu bom senhor, cumpro esta promessa com a maior das alegrias e embora no princípio me tenha custado a habituar aos sapatos, agora já estou pronto para agradecer à Nssª Srª de Fátima mais uma derrota do PSD nas próximas eleições), traduziu o Provedor do Cidadão com Deficiência, que por acaso também acompanhava o restante executivo no sacrifício da peregrinação Lisboa-Fátima. “Nunca mais chegamos ao Pierre das lagostas”, queixou-se um secretário ao volante do Park Assis, viatura modesta em homenagem a outro Santo Francisco de Assis, canonizado em 1228 pela Igreja Católica.
Perante tamanha demonstração de Fé, Zé Sócas-te chorou desalmadamente pelo que foi acompanhado por um carro cheinho de crocodilos que o inundaram de lágrimas provocando a maior enxurrada jamais vista num modelo daquela gama! “Vi, sim Senhor!”, testemunhou um peregrino que até à data nunca viu maneira de chegar a Presidente da República, jurando que fora iluminado por um verdadeiro Milagre de Fátima e que agora se sentia um Pastorinho Reencarnado prontinho para levar a Luz aos Portugueses “Convertei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1,15), disse ainda, apontando o novo partido dos ambidextros canhotos como o verdadeiro evangelho de todos os descrentes.
Eulálio, o Peregrino, que chegará um dia ao Santuário de Fátima, prometeu dar-lhe uma mãozinha.