Populista eu?
E se atender a Monica Lewinsky?
Já com o mercado de inverno oficialmente fechado, o «Geração de 60» conseguiu ainda inscrever os três reforços que faltavam para completar o plantel. O Diogo Vasconcelos vem da 1ª liga Inglesa e dispensa apresentações. O Martim Avillez Figueiredo estava a ser cobiçado por vários clubes do Norte e é uma estrela com provas dadas no campeonato luso. O Paulo Rangel, qual Rui Costa, regressa a esta casa, que sempre foi sua, depois de prolongada lesão.
Sejam bem vindos!
Rodney Stark, sociólogo, ateu e americano, escreveu, no seguimento de um conjunto de outros textos que iam já nesse sentido, um livro que, tendo embora algumas falhas (aumentadas, aliás, pela edição portuguesa, que se apresenta pouco cuidada), tem a enorme virtude de fundamentadamente se insurgir contra o politicamente correcto há muito tempo instalado no mundo das ideias, afirmando desassombradamente as vantagens do «influxo determinante do cristianismo em geral, e do catolicismo em particular, na configuração e no rosto peculiares da cultura europeia.»
Em The Victory of Reason: How Christianity Led to Freedom, Capitalism, and Western Sucess, publicado em 2005, mostra, resumidamente: a) que o domínio ocidental se deve fundamentalmente ao surgimento, na Europa, do sistema [...]
Venho falar-vos a pretexto dos business angels. Uma boa ideia – quero desde já frisá-lo –, com um nome que dá que pensar. E é sobretudo o nome o que aqui me interessa.
Business angels, ou angel investors, são antigos empresários, ou executivos, que, individualmente, ou associados entre si, fornecem o capital necessário para o arranque de projectos empresariais que, pelo risco que comportam, têm dificuldade no acesso aos meios de financiamento tradicionais. Garantindo um retorno financeiro do seu investimento (o qual, até pelo risco envolvido, é de pelo menos 15 vezes o montante do capital investido num prazo de 5 anos), mantêm-se deste modo activos no mundo dos negócios, agora ao seu próprio ritmo, ajudando estas empresas emergentes com a sua experiência [...]
Moçambique, 27 de Fevereiro
Foi no Maputo, há uns dias atrás que curiosamente assisti à peça de Tennessee Williams, " A streetcar named desire". Encenada e produzida por uma companhia nacional que tem resistido ao deserto cultural, social e económico desta capital nos últimos 20 anos.
Em 1996 quando por aqui passei, encontrei um país com uma perspectiva. Hoje, encontro um "sítio" quase em "estado de sítio" onde tudo é um imenso buraco. Dos serviços básicos de saneamento à distribuição do correio, a única coisa que funciona é mesmo a incompetência.
Universidades em todos os distritos mas sem professores, internet instalada em todo o lado mas sem utilizadores, são apenas dois factos de uma infindável lista de aberrações que poderia fazer.
Franceses, Belgas ou Ingleses, viera[...]
Uma pequena contribuição para a campanha eleitoral americana. Amenidades como esta, ou a do post anterior, podem encontrar-se neste local bizarro e alegremente infame.
Tenho especial apreço por Ricardo Costa e Nicolau Santos e mais ainda por aquilo que este último representa para o jornalismo económico no “Expresso” e no país. Logo, não há aqui lugar para divertimentos com teorias da conspiração. Mas a verdade é que os dois levaram um baile do Primeiro-ministro na entrevista de segunda-feira passada. Esse baile podia ter acontecido a si ou a mim e resultou simplesmente do facto de que Sócrates era o mais preparado do grupo. E o “amaciamento” dos entrevistadores a partir de certa altura deveu-se ao facto de eles terem inteligentemente reconhecido a desvantagem, algo onde – perdoe-se-me o eventual machismo – as entrevistadoras femininas mais dificilmente cedem (isto dos blogs é óptimo porque até a psicologia barata nos permitimos).
A impressão [...]
Estou nesta altura a reler a Relectio de indis (1539), na qual Francisco de Vitória, fazendo a defesa dos indíos das Américas, afirma que estes têm, ex natura rei, direitos iguais aos de todos os homens, facto pelo qual o padre dominicano é hoje muito justamente considerado um dos fundadores dos direitos humanos e do direito internacional.
Na primeira parte deste livro, a propósito da conquista das Américas – a qual, sendo um facto, pareceria, talvez, inútil discutir –, Vitória diz que para que essa acção seja boa (como certamente o é, em vista das pessoas que a determinaram, nomeadamente os cristianíssimos soberanos Isabel e Fernando e o justíssimo e religiosíssimo imperador Carlos V), deve ter sido levada a cabo por pessoas com competência para tal – isto é, re[...]