sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Populista eu?




E se atender a Monica Lewinsky?

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Go out front and applaud yourself

Ainda por causa dos negócios do Pedro Marta Santos comigo, aqui e aqui, e a propós[...]
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Cheira a prazer de leitura

Eu, que por acaso não tenho quase nada a ver com a editora Guerra e Paz – sim, sim, já sei, conflito de interesses, apito dourado, e por aí adiante – não é que tropecei com estes três livros que cheiram a prazer de leitura.
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Rumo ao título

Já com o mercado de inverno oficialmente fechado, o «Geração de 60» conseguiu ainda inscrever os três reforços que faltavam para completar o plantel. O Diogo Vasconcelos vem da 1ª liga Inglesa e dispensa apresentações. O Martim Avillez Figueiredo estava a ser cobiçado por vários clubes do Norte e é uma estrela com provas dadas no campeonato luso. O Paulo Rangel, qual Rui Costa, regressa a esta casa, que sempre foi sua, depois de prolongada lesão.
Sejam bem vindos!

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Rodney Stark - The Victory of Reason: How Christianity Led to Freedom, Capitalism, and Western Sucess

Rodney Stark, sociólogo, ateu e americano, escreveu, no seguimento de um conjunto de outros textos que iam já nesse sentido, um livro que, tendo embora algumas falhas (aumentadas, aliás, pela edição portuguesa, que se apresenta pouco cuidada), tem a enorme virtude de fundamentadamente se insurgir contra o politicamente correcto há muito tempo instalado no mundo das ideias, afirmando desassombradamente as vantagens do «influxo determinante do cristianismo em geral, e do catolicismo em particular, na configuração e no rosto peculiares da cultura europeia.»
Em The Victory of Reason: How Christianity Led to Freedom, Capitalism, and Western Sucess, publicado em 2005, mostra, resumidamente: a) que o domínio ocidental se deve fundamentalmente ao surgimento, na Europa, do sistema [...]

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Tempo:

O provocante texto do Manuel Fonseca suscita sete anos (é muito tempo...) de reflexões, e outros tantos espelhos quebrados, presos porventura a paredes prestes a perder o pecado.
Como Einstein provou, o tempo depende sempre do observador e, sem ser esse o seu desígnio, confirmou que o tempo é, antes de mais, uma poética da intimidade. É claro, tão claro e doce como a água da metafísica Manuelina,

que não existe Tempo, existem tempos. Os limites desses tempos são, no que é maior, os esforços bravos da luz e, no que é mais pequeno, as disposições das partículas base. No mundo cosmogónico, poderá haver fronteiras para além da Graça dos fotões, mas não os conhecemos. No mundo quântico, todas as fronteiras se quebram: litera[...]
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

AINOMIS... parece que assim não faz mal!?

Venho falar-vos a pretexto dos business angels. Uma boa ideia – quero desde já frisá-lo –, com um nome que dá que pensar. E é sobretudo o nome o que aqui me interessa.
Business angels, ou angel investors, são antigos empresários, ou executivos, que, individualmente, ou associados entre si, fornecem o capital necessário para o arranque de projectos empresariais que, pelo risco que comportam, têm dificuldade no acesso aos meios de financiamento tradicionais. Garantindo um retorno financeiro do seu investimento (o qual, até pelo risco envolvido, é de pelo menos 15 vezes o montante do capital investido num prazo de 5 anos), mantêm-se deste modo activos no mundo dos negócios, agora ao seu próprio ritmo, ajudando estas empresas emergentes com a sua experiência [...]

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Moçambique na rota de um eléctrico chamado desejo

Moçambique, 27 de Fevereiro
Foi no Maputo, há uns dias atrás que curiosamente assisti à peça de Tennessee Williams, " A streetcar named desire". Encenada e produzida por uma companhia nacional que tem resistido ao deserto cultural, social e económico desta capital nos últimos 20 anos.
Em 1996 quando por aqui passei, encontrei um país com uma perspectiva. Hoje, encontro um "sítio" quase em "estado de sítio" onde tudo é um imenso buraco. Dos serviços básicos de saneamento à distribuição do correio, a única coisa que funciona é mesmo a incompetência.
Universidades em todos os distritos mas sem professores, internet instalada em todo o lado mas sem utilizadores, são apenas dois factos de uma infindável lista de aberrações que poderia fazer.
Franceses, Belgas ou Ingleses, viera[...]

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Sede de Liberdade

O relatório da Sedes não trás nada de muito novo. Nada que na plural Geração de 60 não tenha já sido dito e repetido. A sucessão de diagnósticos acaba por se tornar tão viciante como paralisante. É preciso apontar caminhos, é preciso avançar, é preciso correr riscos.

Em primeiro lugar há que reconhecer os erros. Os erros não são específicos deste governo ou desta oposição em particular. Os erros manifestam as crenças ocas do nosso tempo e têm como resultado a revolta, a impaciência, a descrença, o tédio e a violência. E o erro principal é o de se atribuir o primado da vontade sobre o pensamento a toda a acção humana. Não se espera de um governante nem de um empresário que pense, mas sim que decida, que manifeste a sua vontade [...]
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Não há futuro

Julgamos saber que não podemos banhar-nos duas vezes nas mesmas águas do rio que passa, da mesma forma que fingimos ignorar que só há um caminho que é e não pode não ser, pois o que não é e é forçoso que não exista é um caminho impensável. Ao imparável rio que flui e à esplêndida e imóvel etern[...]
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um difuso mal-estar…



Certeira, a SEDES apontou o cerne do que, hoje, importa discutir (ver
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Pentimento: "Michael Clayton"

Ter "Michael Clayton" como candidato ao Óscar de Melhor Filme do Ano é acreditar nas histórias sobre a idade avançada dos membros da Academia de Hollywood, e acreditar que estão todos com Alzheimer. Já para não irmos mais longe - ao "Force of Evil" de Abraham Polonsky ou ao "Call Northside 777" de Henry
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Barack: Ano 1

Barack Obama, o futuro presidente dos Estados Unidos, é a alvorada depois de uma longa noite americana, a noite de Cheney, Rumsfeld, Wolfowitz, Abu-Ghraib, Guantanamo, os muros fronteiriços, o Patriot
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O Mexilhão


Chelas- Barreiro? Beato - Montijo? Alverca -Alcochete? O problema, já se vê, não é propriamente novo. E a solução é, arreliadoramente, sempre a mesma. Mais «project finance», menos «project finance», mais Mário Lino, menos Ana Paula Vitorino, no fim quem paga é sempre ...o Zé.

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Tivoli em Dezembro



Normalmente fazíamos o caminho a pé. Desde o Príncipe Real, descendo a Calçada da Patriarcal, atravessando a Praça da Alegria para cruzar depois a Avenida em direcção ao Tivoli. Naquela altura o Natal era, antes de mais, época de estreia da Disney. «Estreia», já se vê, é força de expressão. Porque os filmes eram já então bem velhinhos. Mas o que é certo é que regressavam, religiosamente, ano após ano, com [...]
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7 dias de Brasil em 2 tempos e 1 movimento

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Kosovo, Turquia, UE e Portugal


Tanto se tem escrito já sobre a questão da independência do Kosovo, em tantos e variados textos, tanto aplaudindo como deplorando, que pouco mais teremos a acrescentar, neste momento, a tudo quanto foi já dito. Para tão elevada e imbricada tarefa falece-nos o engenho para não dizer mesmo, mais simples e comezinhamente, dri-se-ia, o necessário estudo e consequente conhecimento. Para não ir mais longe, do envolvimento da União Europeia à acção militar da NATO e às concomitantes resoluções da ONU, vastas, vastíssimas, complexas, complexíssimas e especiosas, mesmo tão especiosíssimas são as questões que, desde logo abandonamos qualquer ilusão e veleidade de algo significativo podermos ter neste momento a acrescentar[...]
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Be nice to America

Uma pequena contribuição para a campanha eleitoral americana. Amenidades como esta, ou a do post anterior, podem encontrar-se neste local bizarro e alegremente infame.

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Camels

Escolha clínica. Ah, boca linda.

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Condenado a dividir



No cinema, a fronteira que separa a comédia inteligente da farsa primária e burlesca é por vezes muito ténue. Demasiado ténue para não ser ultrapassada. E conseguir não pisar o risco com Owen Wilson no «cast» é obra. Mas o que é verdadeiramente extraordinário é juntar, num mesmo filme, momentos de humor «non sense à la Python» com cenas de uma tristeza pungente (recordo, com um arrepio, o ritual de lavagem d[...]
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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Real than fiction...

Foi preciso um artigo do The Guardian para eu me recordar do paralelismo mas ele é claro. Nas últimas duas temporadas da série televisiva West Wing (Os Homens do Presidente) alguém antecipou a história de Barak Obama: um candidato democrata jovem, hispânico e com pouca experiência política entra na corrida à Presidência norte-americana. Tratado inicialmente como um outsider, desconhecido e com poucas possibilidades de vitória vai, pouco a pouco, crescendo e ganhando espaço eleitoral. A sua mensagem de uma nova América, capaz de transcender barreiras sociais e raciais vai conquistando adeptos. Primeiro, vence as primárias do partido democrático face a dois ex[...]
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Francisco Lucas Pires: um bloguista antes dos blogs

Conheci Lucas Pires como professor de Direito. Não foi meu professor mas fez parte do meu júri de doutoramento. A partir daí iniciámos uma relação de amizade alimentada pela partilha da mesma curiosidade intelectual face aos desafios do direito no mundo actual e, em particular, na Europa. Francisco Lucas Pires era uma das mentes mais criativas e originais que conheci. E, em muitos aspectos, antecipou vários dos desafios e questões com que hoje nos confrontamos no espaço público. Dez anos depois da sua morte é possível confirmar isto num blog (http://franciscolucaspires.blogspot.com/) que os filhos criaram para o homenagear e recordar o seu pensamento. O que é espantoso é que a sua forma de pensar, profundamente original, provocadora e de rasgo ensaísta antecipa a energia intelectual dos blogs. Se os textos não tivessem data original e o nome do autor pensaríamos estar perante um dos blogs do momento! Através deles damo-nos conta que Francisco Lucas Pires foi um bloguista antes dos blogs!

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Vocação Atlântica de Portugal


Alexandre Brandão da Veiga, segundo entendo de quanto escreveu, defende a vocação Europeia de Portugal em detrimento da sua natural vocação atlântica. Embora sendo a tese que vingou com a dita revolução de 1974, afigura-se-me ser tão errada, grave e perniciosa que não posso deixar de a comentar.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O atlantismo português

Os que defendem a vocação atlantista de Portugal afirmam logo de seguida que temos de ser aliados especiais dos Estados Unidos. Os saltos de raciocínio que se expõem nestas afirmações apenas mostram a ignorância de lógica por parte da classe política e respectivos comentadores. Querem transformar em necessidade o que mais não é que escolha.

A vocação atlântica de Portugal é geográfica e histórica. Portugal está virado para o Atlântico. E a sua História esteve ligada ao Atlântico. Mas de forma consistente apenas para o Atlântico sul. Primeiro vício, a sinédoque. Não é todo o Atlântico que no envolveu, mas sobretudo o sul, onde deixámos colónias. Os Estados unidos não estão no Atlântico sul, ergo...

Em segundo lugar, o facto de hi[...]
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O Baile de Sócrates

Tenho especial apreço por Ricardo Costa e Nicolau Santos e mais ainda por aquilo que este último representa para o jornalismo económico no “Expresso” e no país. Logo, não há aqui lugar para divertimentos com teorias da conspiração. Mas a verdade é que os dois levaram um baile do Primeiro-ministro na entrevista de segunda-feira passada. Esse baile podia ter acontecido a si ou a mim e resultou simplesmente do facto de que Sócrates era o mais preparado do grupo. E o “amaciamento” dos entrevistadores a partir de certa altura deveu-se ao facto de eles terem inteligentemente reconhecido a desvantagem, algo onde – perdoe-se-me o eventual machismo – as entrevistadoras femininas mais dificilmente cedem (isto dos blogs é óptimo porque até a psicologia barata nos permitimos).

A impressão [...]

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Vamos continuar a meter água

Estou nesta altura a reler a Relectio de indis (1539), na qual Francisco de Vitória, fazendo a defesa dos indíos das Américas, afirma que estes têm, ex natura rei, direitos iguais aos de todos os homens, facto pelo qual o padre dominicano é hoje muito justamente considerado um dos fundadores dos direitos humanos e do direito internacional.
Na primeira parte deste livro, a propósito da conquista das Américas – a qual, sendo um facto, pareceria, talvez, inútil discutir –, Vitória diz que para que essa acção seja boa (como certamente o é, em vista das pessoas que a determinaram, nomeadamente os cristianíssimos soberanos Isabel e Fernando e o justíssimo e religiosíssimo imperador Carlos V), deve ter sido levada a cabo por pessoas com competência para tal – isto é, re[...]

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Tesourinhos deprimentes

Portugal no seu melhor - in Anjos e Demónios


1 - O Presidente do Vitória de Guimarães anunciou hoje que vai processar a Polícia de Segurança Pública que, horas antes, anunciou em comunicado a intenção de processar ... o Presidente do Vitória de Guimarães. Pelo caminho Emílio Macedo foi dizendo que o treinador do[...]
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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Fazer coisas belas a mulheres belas

Li com interesse e gosto as inteligentes (como sempre) considerações do João Luis Ferreira sobre o cinema. Mas não encontrei lá o cinema. Vi que havia uma bem arquitectada teoria que se basta a si própria (Não sei se o João está de acordo, mas há também uma “indústria da teoria”...), sem precisar dos filmes.
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A América de Peixoto

O sucesso de José Luis Peixoto é o nosso sucesso. Com contactos e contratos, uma passagem pela Bloomsbury, uma edição do gigante Random House, a temporada de 2008 em digressão pelos Estados Unidos, críticas internacionais muito favoráveis, publicação em mais de uma dezena de países, o início da carreira norte-americana de José Luis Peixoto deveria deixar todos os que escrevem, e todos os que gostam da palavra escrita, satisfeitos. O gosto pelos labirintos e cumplicidades específicas à prosa e poesia deste autor é, no momento, secundário - confesso, aliás, que conheço mal ambas. Mas alguém que dedicou metade de uma vida de 33 anos a lutar pelo que acredita - viver pela escrita e, mais difícil, viver dela - deve ser celebrado num [...]
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Pentimento: "Haverá Sangue", de Paul Thomas Anderson

As primeiras imagens são magníficas: um homem, os músculos, fibras, ossos, veias de um homem, confundem-se com a rocha, a lama, o cascalho, fundem-se com a terra, nascem dela e combatem-na logo, na força e no mistério dos primitivos: Griffith muito, Walsh, mas também Murnau, numa terra de ninguém onde pode surgir uma planta viçosa, mas tudo é ainda improvável. Daniel-Day Lewis está enfiado num túnel que ele próprio escavou, à procura do futuro: o petróleo. É o melhor arranque deste ano.

A seguir parte uma perna, arrasta-se (elipticamente) por vales e colinas de pedra, regista o esforço, do buraco no chão faz nascer uma plataforma, da plataforma tira um la[...]
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Cinema como pós-Arte (2)

O cinema é uma arte que surge num tempo em que todas as outras artes tinham já atingido os seus apogeus e as suas renascenças, os seus declínios e novos apogeus. O cinema não seria preciso para a expressão do espírito humano.

Mas surgiu, como já referimos, numa forma inicialmente não artística à qual se foram acrescentando possibilidades expressivas e artísticas (como também já referimos, por empréstimo das outras artes) até que adquiriu uma expressão própria. Ao atingir essa expressão própria, o cinema, seja o de autor, ou seja o chamado cinema comercial, é um resultado de uma máquina de produção que tem na indústria a sua classificação. A crueldade da indústria revelou-se em muitos momentos. Revelou-se cruel para os autores [...]
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