segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mercado e empirismo

É curioso ver como um jornal que pode ter boa qualidade sob o ponto de vista económico é em geral tão inepto em todas as outras áreas, sobretudo as que carecem de alguma base cultural

Refiro-me obviamente ao “Economist”.

É apenas um exemplo e não o centro da questão. Mas mostra como uma mitologia apressada pode influenciar um povo de forma tão profunda. O que se vende sobre o povo britânico é que se trata de um povo realista e empirista, cultor do mercado. O inglês mediano (o que é mediano nunca é excitante) assim acredita, e de tanto vender essa imagem acaba por acreditar nela. Vê devolvida a imagem que projectou. Quando o actor e o público acreditam numa personagem, parece tudo correr bem, mas só é assim se de teatro se trata.

Que o povo[...]
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domingo, 26 de julho de 2009

Quando perder eleições é uma boa notícia

A Guiné-Bissau escolhe hoje o seu quarto presidente efectivo desde a independência, e [...]

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mar de Alcântara

Durante muito tempo o Estado relacionava-se com os particulares com os seus próprios meios: os seus recursos e a sua mão-de-obra - os funcionários públicos.
Depois, e face à complexidade crescente das relações que estabelecia com os privados, muitos começaram a defender a necessidade de o Estado melhor se apetrechar para essas contendas.
Começava a ser patente que os privados defendiam bem os seus interesses, recorrendo a profissionais (advogados, engenheiros, gestores, arquitectos)bem pagos e motivados.
O Estado começou por isso a contratar esse tipo de serviços no exterior. Nomeadamente, começou a recorrer frequentemente a sociedades de advogados para dar assessoria especializada e negociar contratos de grande dimensão, uma vez que se entendia que teriam o know how que fal[...]

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

As mulheres de 60

Num país pobre como o nosso, a condição das mulheres tende a ser pior. São as mulheres as primeiras vítimas em tempos de desemprego, como estes que vivemos. Quando trabalham, a ocupação com as tarefas domésticas continua a ser muito desequilibrada, como há pouco tempo o Observatório público que estuda estas questões referia (com as mulheres a trabalharem em casa mais 10 horas semanais do que os homens ).
É assim genericamente, estatisticamente.

Parece-me que uma das gerações de mulheres portuguesas mais causticadas, e que se encontra em pior situação, é a das mulheres com cerca de sessenta anos.
Têm filhos e netos. A uns e a outros ajudam: com dinheiro, tempo, recursos e apoio na educação dos netos:levam-nos às escolas, ao médico, ficam com eles nos horários laborais com[...]

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Matemática é de todos!


A Matemática é como o Sol: quando nasce é para todos.

Todos? Não[...]

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Sol na eira e chuva no nabal


Gosto pessoalmente de Helena Roseta e trabalho com Santana Lopes há sete anos.
Dito isto - que diz muito - parece-me [...]
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terça-feira, 14 de julho de 2009

II. Sinto muito, Nuno Lobo Antunes

Os textos são arriscados. Expor sentimentos, e sobretudo os próprios e sobretudo sentimentos positivos, cada passo neste processo é um novo grau de risco. O piroso, o lamecha, o tartufo assaltam a cada passo este tipo de discurso. E nisso o livro lembra muito Santo António, não o português e paduano, mas o antigo, com as suas tentações. Passar por riscos destes sem cair em nenhum destes escolhos é obra de artista ou de santo. Ou de ambos. Deixo a quem leia a escolha.

Significativo o papel da dor e do sofrimento no seu livro. Os intelectuais de pequeno calibre gostam muito de criticar o dolorismo do cristianismo. Julgando que há opção ideológica no que apenas é imensa lucidez sobre o ser humano. No cristianismo, como no autor, não há apologia da dor pela[...]
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

I. Sinto muito, Nuno Lobo Antunes



Não li este livro por dever de amizade. Mas tenho de denunciar publicamente que o momento em que o fiz decorreu de uma chan[...]
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

O gesto não é tudo


Sabemos que o Governo responde à Assembleia da República; que deve estar quieto e calado no Parlamento; que não pode bater palmas e que só us[...]
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sábado, 4 de julho de 2009

Fundações

Quando falamos de fundações, uma primeira distinção impõe-se. Distinguir entre fundações públicas e fundações privadas.
De acordo com a doutrina de Marcello Caetano e Feitas do Amaral, e de uma forma muito simplificada, podemos dizer que fundações públicas são constituídas por iniciativa do poder público, através de lei (com aprovação dos respectivos Estatutos), com os meios públicos, visando a prossecução de fins públicos.
As fundações privadas, ao invés, resultam da iniciativa privada, constituem-se mediante escritura pública (a regra, que admite excepções), que se destinam à prossecução de uma potencial variedade de fins: de solidariedade social, cultural, filantrópicos, educativos, ou outros.
Quanto às fundações de direito privado, as que agora nos interessam, e a traço [...]

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

As palavras e as imagens

Discutia hoje ao almoço o poder das palavras e pouco depois vejo este post do Fernando Penim Redondo. Faço o link sem mais palavras:
DOTeCOMe...o Blog: Uma imagem ou mil palavras ?#links

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