Impostos
O Primeiro-Ministro disse na conferência organizada pelo Diário Económico que não baixava os impostos porque não era certo que as famílias gastassem o dinheiro, consumindo, investindo.
Disse mais. Disse que se fosse o Estado, este gastava de certeza. ( Ninguém duvida )
Sinceramente num país pobre como Portugal alguém duvida que esse dinheiro seria gasto?
Não se chama a isso propensão marginal ao consumo?
3 comentários:
Sócrates não tem a mínima ideia do que é governar no sentido de melhorar a qualidade de vida da população. Ele não governa com esse objectivo. Governa com base na imagem que quer fazer passar, para dentro e para fora (essa a mais importante, que lhe garantirá o futuro numa instituição europeia)
Quem paga mais impostos não são os pobres, e sim os ricos. Para esses, a propensão marginal ao consumo não é muito elevada.
A objeção correta à afirmação de Sócrates não é, pois, a levantada neste post. A objeção correta é que Portugal não precisa de consumir mais, o que precisa é de exportar mais. O grande problema de Portugal é que importa muitíssimo mais do que aquilo que exporta. Num país como Portugal, incentivar o consumo - como Sócrates pretende - é um erro, dado que o consumo - sobretudo de bens importados - já é demasiadamente elevado.
Luís Lavoura
Cara Sofia,
Sem pôr em causa o rigor das citações do Diário Económico, e deixando de lado o debate sobre a propensão marginal para o consumo, que seria certamente interessante mas que, neste caso, teria uma utilidade menos que marginal, cabe a interrogação: porque será que, sendo tão descabido baixar os impostos, apenas um governo da UE por enquanto recorreu a esse expediente (e baixou justamente um imposto polémico, devido à baixa probabilidade de repercussão directa sobre os preços...)?
Consegue adivinhar que é o país? E qual o imposto?
Um abraço,
pirata
Enviar um comentário