sábado, 20 de dezembro de 2008

Impostos

O Primeiro-Ministro disse na conferência organizada pelo Diário Económico que não baixava os impostos porque não era certo que as famílias gastassem o dinheiro, consumindo, investindo.

Disse mais. Disse que se fosse o Estado, este gastava de certeza. ( Ninguém duvida )

Sinceramente num país pobre como Portugal alguém duvida que esse dinheiro seria gasto?

Não se chama a isso propensão marginal ao consumo?

3 comentários:

Luis Melo disse...

Sócrates não tem a mínima ideia do que é governar no sentido de melhorar a qualidade de vida da população. Ele não governa com esse objectivo. Governa com base na imagem que quer fazer passar, para dentro e para fora (essa a mais importante, que lhe garantirá o futuro numa instituição europeia)

Anónimo disse...

Quem paga mais impostos não são os pobres, e sim os ricos. Para esses, a propensão marginal ao consumo não é muito elevada.

A objeção correta à afirmação de Sócrates não é, pois, a levantada neste post. A objeção correta é que Portugal não precisa de consumir mais, o que precisa é de exportar mais. O grande problema de Portugal é que importa muitíssimo mais do que aquilo que exporta. Num país como Portugal, incentivar o consumo - como Sócrates pretende - é um erro, dado que o consumo - sobretudo de bens importados - já é demasiadamente elevado.

Luís Lavoura

Anónimo disse...

Cara Sofia,
Sem pôr em causa o rigor das citações do Diário Económico, e deixando de lado o debate sobre a propensão marginal para o consumo, que seria certamente interessante mas que, neste caso, teria uma utilidade menos que marginal, cabe a interrogação: porque será que, sendo tão descabido baixar os impostos, apenas um governo da UE por enquanto recorreu a esse expediente (e baixou justamente um imposto polémico, devido à baixa probabilidade de repercussão directa sobre os preços...)?
Consegue adivinhar que é o país? E qual o imposto?
Um abraço,
pirata