Os duelistas
Pior, muito pior do que a inanidade de alguns debates políticos, só mesmo a retorcida floresta dos comentaristas políticos. A delícia com que se entregam a elucubrações estratégicas sobre o reencontro (o duelo) entre Sócrates e Santana chega a ser patética.
Temo que, para pasto dos comentários pós orçamento, valha tudo, do vinco dos fatos à pose de guerreiros, passando pela graçola retórica com que tentarão enterrar-se um ao outro. Interesa pouco ou nada que "ganhe" Sócrates ou Santana se pelo caminho se perder a discussão do essencial: o facto da produtividade ser o que é (em 2006 Portugal ficou na cauda do crescimento europeu, em penúltimo lugar de uma lista em que só a Itália ficou atrás de nós), o facto de não haver soluções “inspiradas” para conter a despesa pública, a quase fatalista impossibilidade de baixar impostos para dar um suplemento de alma ao desenvolvimento económico, a forma gravosa como os “mais desfavorecidos”, de pensionistas a cada vez mais desempregados, estão a ser empurrados para a “vala comum”, quando também a saúde das classes médias está entre a tísica e a depressão.
Sem prejuízo de, neste momento, estar a ser “julgado” o orçamento de 2008 subscrito pelo governo de Sócrates, é sempre bom lembrar que em tudo isto o PS e o PSD partilham largas (ou todas) as responsabilidades, ou por outra, é sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar…
1 comentários:
Antes soluções inspirdas do que soluções finais:
Simon Wiesenthal, um negacionista do Holocausto disfarçado de caçador de nazis?
Enviar um comentário