quarta-feira, 30 de junho de 2010

Agora e sempre os espanhóis


As grandes bandeiras de D. Nuno Álvares Pereira que ontem se viram no estádio da Cidade do Cabo evocavam Aljubarrota no[...]
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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Poder

O poder é o mais obsceno dos vectores de análise da política hoje em dia. Dizer que se quer poder roça a indecência. O poder é substituído por expressões elípticas e algo frouxas como “necessidades”, “enquadramento geo-estratégico”, “gestão de finalidades”, “estratégia” e outras quejandas. O poder está escondido, vive clandestino. A Europa fala pouco em poder, envergonha-se do que tem, tem medo de o usar e escuda-se nas paráfrases e no silêncio.

Quando se fala pouco de alguma coisa apenas nos valem os instintos, o que em si pode ser uma boa coisa, mas é em geral uma desgraça no espaço público. No mundo partilhado é pela comunicação que se é eficaz, e, convenhamos, a palavra não é dos piores meios de o fazer. O gesto pode ser curt[...]
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terça-feira, 22 de junho de 2010

A utopia, a festa e a parvoíce


Estive recentemente em Paris, Marselha e Aix en Provence e, nos três destinos, deparei-me com o uso da bicicleta como transporte [...]
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Interesses

A mais que banal, mas não menos verdadeira, etimologia ensina-nos que o interesse é “inter esse”, estar entre, ou mais profundamente existir entre. O interesse é assim uma integração e uma limitação, uma pertença e um constrangimento. Quando fisicamente um país está entre dois outros, esses outros fazem parte do seu interesse, definem-no. Mas as fontes e as modalidades de interesses podem ter a mais variada origem. Os interesses associam-se a situações de vida, dos quais o espaço físico é apenas uma delas.

Algumas vezes diz-se dos místicos, ou de quejandas pessoas, por razões caracteriais ou outras, que são desinteressados. Em boa verdade não é esse o caso. Muitas vezes são bem mais interessados que os outros, estão bem mais inte[...]
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

A morte de Saramago


Ensinam-nos a honrar os mortos.
Talvez isso venha do facto de já cá não estarem para se defenderem. E parece-me bem que assim seja.
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Valores

Quando se discutiu a Constituição europeia falou-se muito do Cristianismo. Quem era contra dizia que não havia que pôr Deus na Constituição. Como se o cristianismo não fosse um facto histórico. Daí se começou a falar de valores cristãos. Como se uma religião se reduzisse a valores. E pior ainda valores morais. Este cúmulo de reduções mostra a vida reduzida e o reduzido espaço intelectual que atravessa o espaço público.

A Europa passou os extremos da negação dos valores e é natural que retome o seu passado cristão (humanista, dizem uns) de negação da natureza instrumental do ser humano. Quando cientistas do Institut Pasteur tornaram do domínio público o genoma humano para que não pudesse ser patenteado por uma empresa senti-me orgulhoso de ser europeu. A[...]
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Notícias umbilicais


Toda a manhã informativa foi tomada pelo assalto de alguns sul africanos às coisas de dois jornalistas portugueses e um espanhol. Trabalhando com a televi[...]

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

A República vai nua!

O show começou. Um grupo de professores de Aveiro decidiu vestir 1200 crianças com a farda da Mocidade Portuguesa para evocar os 100 anos da [...]

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