quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jass sem rabo




E se alguém perguntar ao Jazz porque é que o Jazz se chama Jazz? O mais certo é que o Jazz responda que o Jazz tem a resposta ... que cada Jazz tem.

Dito por outras palavras, há explicações para todos os gostos:
- Jazz vem de Jasper, um escravo dançarino de uma plantação vizinha de New Orleans que tinha precisamente a alcunha de Jazz...
- ... de Chas, um baterista que viveu no Mississipi em finais do século XIX...
- ... de um músico de Chicago chamado Jasbo Brown...
- ... do arábico Jazzib...
- ... de jasmim, uma fragrância muito em voga entre as prostitutas de New Orleans...
- ... da palavra homónima com que os negros apelidavam a «copulation»...
- ... e de onde mais se quiser.

Na dúvida, eu gosto de acreditar na versão do tresloucado La Rocca. O Jazz, antes de ser Jazz, era Jass. Mas o Jass teve de virar Jazz para os miúdos pararem de riscar o J nos cartazes do Jass. Que é como quem diz: «Jass sem rabo é J e Jass sem J é rabo».

10 comentários:

Alexandre Brandão da Veiga disse...

Eu nunca percebi grande coisa de Jazz, Pedro. Mas sempre me pareceu credível como possíbilidade vir do francês "jaser", por causa da forma de cantar mais próxima da fala. Afinal é na Louisiana (de Luis XIV) e na Nova Orleães (em honra da velha) em época onde havia ainda bastante falantes de francês que a coisa foi criada.

Mas como não sou conhecedor de jazz, deixo aos especialistas do blog a descoberta da coisa.

Sofia Rocha disse...

Pedro, pois eu não concebo Jazz "sem rabo". O jazz tem curvas, tem enchimento, tem volume, tem uma linha recta que termina numa curva abrupta. Tem a curva do cabelo negro da Billie, onde pousava uma flor, tem a curva das ancas dela, à justa altura onde o seu pulso segurava o copo. Não há " Solitude" " sem rabo"...

Anónimo disse...

Já que estamos no tema, lamento dizer que o Onda Jazz fechou as portas. E fechou por falta de licença e, ao que parece, na sequência de queixas sucessivas de um vizinho. Os meus votos de uma rápida conclusão do licencimento (que, alegadamente, dura há 4 anos) e consequente reabertura.

Manuel S. Fonseca disse...

Trémulo, ritmado, sincopado, o jazz tem mesmo rabo. Afinal o velho ditado, "Por um bom rabo já se perdeu muita cabeça", means something.

Táxi Pluvioso disse...

Com a onda de jacking em Portugal, homejacking, carjacking etc., ainda aparece o assjacking.

Anónimo disse...

está visto que este blog só verdadeiramente se entusiasma quando os posts descem de nível...

ps: Alexandre, a explicação que adiantas também consta em algumas das fontes que consultei

Sofia Rocha disse...

Pedro, que eu tenha reparado, o único post que mereceu 14 comentários foi o seu quando falou no Pedro Santana Lopes...

Vasco M. Grilo disse...

Pedro, vejo que continuas a lançar alguns dos temas mais "spicy" deste blog. Primeiro com o "Cache sexe" e agora com a invençao daquilo que se poderia chamar o estilo "ASSid" Jazz.

Como so' agora encontrei este vosso blog, vejo tambem com gosto que o personagem do Dr. Lopes continua a aparecer ocasionalmente nos teus posts. Este "inefavel" personagem fazia ja' parte do leque de personagens que existia no imaginario colectivo do grupo Bostoniano dos idos anos 90.... E' possivel que eu possa recordar um artigo que apresentava uma conversa do Dr. Lopes com um gorila como tema de fundo?

Anónimo disse...

Vasco,
Vejo que as noitadas de Boston não tiveram nenhum efeito secundário sobre a tua memória...
Quanto ao assidjazz: tenho pena de não ter sido eu a lembrar-me dessa. A inveja é uma coisa terrível...

Sofia,
Por trás desse seu ar cândido há uma terrosista em potência...

Sofia Rocha disse...

Está portanto o Pedro a chamar-me Briseida. Muito bem, vou aceitar o desafio...