...but why not Barry?
Os posts da Sofia e do Manuel obrigam-me a libertar os meus receios.
Claro que vejo desde há muito o Barack Obama como uma lufada de ar fresco na política internacional. Desde o princípio que estou a torcer por ele. Lembro-me de estar de férias em Fevereiro e ir compulsivamente à Net ver se o Barack tinha batido a Hillary nos estados chave.
Sim, o homem tem brilho. Sim, o homem tem carisma. Sim, o homem tem mensagem. Sim, o homem traz esperança. Sim, o homem tem substância e não é apenas uma construção dos media. Sim, o homem é o melhor que nos poderia acontecer. SIM! Eu voto Obama.
Ou votaria, se pudesse. Isto é uma visão ultra-eurocêntrica das eleições americanas, infelizmente... acho que se as eleições americanas fossem na Europa o amigo Barack ganhava com 90% dos votos. Alas, poor Yorick: não são. São na América e, imposição da democracia, votam apenas os americanos.
Pelo que leio, a mensagem de Barack Obama passa bem nos centros urbanos, culturalmente sofisticados, white-collared. É na América profunda que começa a despertar uma vaga de fundo contra a sua candidatura. A América blue-collared reage: há estados em que a maioria democrática parece ir votar McCain. A mensagem Obama não convence a (perdoem-me a expressão) "classe operária".
O quê? Depois de uma vida de trabalho, ter um negro como presidente? E com ascendência islâmica? E se é tão bom americano, porque é que não mudou o nome de Barack para o bom, good old american, Barry? (imaginar a cena num bar do Midwest por um americano de camisa de alças a beber a 6ª cerveja; o arroto no fim é facultativo).
Abstenho-me de dizer o que penso destes comentários. Mas nem eu, nem a Sofia, nem o Manuel, votamos nas eleições americanas; este blue-collared reactionary, embora fictício, sim.
É ele o principal rival de Obama nas eleições.
2 comentários:
Pois é. Retribuindo, Jorge, assumo que partilhamos os receios.
É exactamente assim. E é por isso, seguramente, e pela certeza disso, que muitos apostam singelo contra dobrado na vitória de McCain.
Desqualificar os adversários políticos com argumentos fora da política não é propriamente o que aconselha a boa etiqueta do debate político. É isso que faz Jorge Buescu com os eleitores de McCain...
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