segunda-feira, 19 de maio de 2008

MFL: Regresso ao Futuro

Para aprofundar e aguçar o debate sobre uma querela política e partidária mais relevante para o nosso futuro colectivo do que a espuma dos dias deixa adivinhar, aí fica um texto publicado no Diário Económico de hoje.

Manuela Ferreira Leite tem centrado o discurso (também) num retorno do PSD às suas raízes (humanistas, reformistas, sociais-democratas, não populistas).
Muitos têm confundido (ou têm feito por confundir) essa tomada de posição ideológica com um regresso ao passado, uma “reprise” anacrónica dos “bons velhos tempos”. Enganam-se rotundamente.
A atitude programática e o perfil de liderança de Manuela Ferreira Leite representam, não um retorno, mas uma inovação – uma verdadeira ruptura na política portuguesa. Pela primeira vez, um líder se propõe falar verdade e só verdade. Com ela, o PSD e o país poderão ser governados com base numa visão realista, sem as lantejoulas da propaganda e do delírio.
Num país viciado em anúncios e lançamentos, em estatísticas deturpadas e manipuladas, nas discursatas do sentimento e da sensação, um político disposto a pagar o preço da verdade é pioneiro e abre uma janela de esperança. Manuela é um regresso, mas um regresso ao futuro. Ao futuro da política.

6 comentários:

Sofia Galvão disse...

A verdade em política é uma questão da maior relevância teórica e, como é bom de ver, com um eminente alcance prático.
Hannah Arendt tem várias páginas muito interessantes sobre o tema, que recomendo a todos os que são sensíveis à urgência de uma política de verdade.

luiz henrique dias disse...

BOM, ADOREI O TEU BLOG. ENCONTREI ELE PERDIDO NAVEGANDO AQUI PELA NET...

Anónimo disse...

Chama-se Robert Byrd,encontra-se no Wikipédia,a desmonstraçâo perfeita em que os politicos mentem mesmo nos fins da sua vida.
Talvêz encontrem,o seu filme em Daily motion,tradusi tanto bem que mal, o que ele pensava dos prêtos foi o unico senador contra o Bush com a sua suja guerra no Iraque.
Eu desejava de nâo conbater aos lados d'um negro morrer mil vezes,e ver a bandeira Americana espizinhada na lama,ao ponto que nâo pudésse ser içàda.Que ver este pais bem amado se degradar por uma ràça de bastardos,um survida da espéce mais nêgra das térras selvagens. Ex menbro do K K K...Vem de dàr o seu apoio a Obama

Sofia Rocha disse...

O passado e o futuro. Esta campanha interna do PSD, e o tratamento dos meios de comunicação social, tem vivido muito à conta do "tempo". Sinceramente, penso que é uma falsa questão. Ou melhor,dizer que certas coisas são do passado é conveniente. Empurram-se para o gueto da memória e trata-se quem as defende como Velho do Restelo. Hoje dá muita maçada e prejuízo ser exigente e rigoroso consigo e com os outros.
Exemplos de falta de exigência e rigor de políticos que com a sua conduta transmitem o pior exemplo possível, incitam ao facilitismo e fuga à responsabilidade;
1 - Tirar um curso de vão de escada e pretender usar um título que não é seu - facilitismo, parecer o que se não é;
2 - Não terminar o mandato, fugir e abocanhar um melhor lugar que aparece - facilitismo, oportunismo, não terminar o que se começa, defraudar expectativas;
3 - Ser o mentor de uma lei esquizófrenica, ser incumpridor e quando apanhado dar a desculpa de que não sabia, e mais, jurar que nunca mais - incoerência, inconsistência. Para além do que as únicas juras que têm graça são as de amor,pelo que se recomenda que fiquem em casa.
Entendo que o principal desafio neste momento é fazer os portugueses entenderem que a exigência é uma forma de verdade, que a seriedade é uma forma de verdade, que estas são questões actuais, e que é mesmo a única forma de encarar o futuro.
Temo porém que os portugueses estejam já tão viciados em ficção que prefiram a pirotecnia, porque de realidade estão já eles fartos.
Tenho receio de que os portugueses compreendam o que MFL traga e não queiram ninguém que lhes fale verdade. Quantas pessoas ficaram no domingo a ver o noticiário da TVI quando o Dr. Medina Carreira dizia que Portugal estava perdido por ter desmantelado o aparelho produtivo e se recusar a alinhar no discurso da jornalista histérica?

Anónimo disse...

A verdade não é um programa político. E mais depressa se apanha um mentiroso do que um político. MFL parece querer ser um general Eanes. Não basta.

Matilde disse...

Parabéns...et bonne rentrée!