CML+APEL+UE=CAOS
Se os livros se comessem, há muito que a Feira do Livro de Lisboa tinha fechado. Infelizmente não se comem e por isso não há nenhum ditador como a ASAE que ponha ordem naquilo.
Com um sector livreiro em franco desenvolvimento há já alguns anos, a feira do livro não mexe nada, continuando num sítio absurdo, em condições indescritíveis, à chuva, ao Sol, a subir a descer. Metade ou mais do que lá está são depósitos velhos de editoras caducas. O contacto com os autores é feito em cadeiras e mesas de plástico, desconfortável e absurdo.
Por trás da feira estão duas das piores instituições do país: uma, gigantesca e irrecuperável, a CML; e outra, pequena e atrasada, uma espécie de grémio de outros tempos, agindo como um monopólio, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. Pelo meio, apareceu outra associação, a União de Editores, que francamente não sei avaliar mas que parece querer mudar algo.
Claro que a Câmara, dominada por conluios absurdos entre partidos, que torna tudo inoperante na área da cultura, não se conseguiu impor. – Então vamos dar a “nossa” feira aos capitalistas da Leya (sócios importantes da UE que queriam uns pavilhões maiorzitos)? Não pode ser, os livros são cultura, não comércio, etc. etc. Aqui fica um argumento em favor da mudança para a esquerda que está por trás desta inactividade institucional: o povo merece mais.
Tirem por favor a gestão da feira das mãos da Câmara e entreguem-na à FIL, à Parque Expo, ao que quiserem. Acabem com o auto proclamado monopólio da APEL e abram concursos para a organização anual do “certame”.
PS: tinha acabado de escrever isto, ia pô-lo no blog, quando vi esta coisa espantosa no post do PN.
2 comentários:
Pedro, subscrevo e aplaudo. Se odiassem "o livro" a APEL e a UEP não conseguiriam fazer "melhor". E acredite que a CML não merece, neste caso, ficar com o odioso desta história tenebrosa
Acredito, claro e retiro o que disse, confiando no seu julgamnto. Eu só especulei. Mas tem a certeza? É que a CML é a dona da obra e mordomo tem sempre alguma culpa. Mas a verdade é que ninguém explica bem o que se passa. Enquanto que nos entretemos a atribuir culpas fica tudo na mesma.
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