segunda-feira, 10 de março de 2008

30 anos de educação

Escrevi que a educação está melhor hoje do que há 30 anos e o Pedro Norton pede que explique melhor a ideia e não posso deixar de responder ao repto pois é disso que vivo (dar bases às ideias que lanço). Como não sou especialista, fui ao Google e escrevi “estatísticas da educação” (devo dizer que com alguma curiosidade e sempre pondo a hipótese de poder estar errado) e a primeira coisa que me saiu foi isto, cuja primeira página transcrevo :

Séries Cronológicas - 30 Anos de Estatísticas da Educação

"'O ensino em Portugal ganhou 290 mil alunos, entre os anos lectivos de 1977/1978 e de 2005/2006, contando actualmente com mais de dois milhões de estudantes'.

Esta é uma das conclusões do relatório "30 Anos de Estatísticas da Educação", da responsabilidade do antigo Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE), agora GEPE.

Na educação pré-escolar, a taxa de escolarização (alunos com idade própria para frequentar o nível de ensino em que estão matriculados) mais do que sextuplicou, subindo de 12,6 %, em 1977/1978, para 77,4 % em 2004/2005.

No mesmo período de tempo, a taxa de escolarização no 1.º ciclo atingiu os 100 %, em 1980/1981, tendo estabilizado neste nível percentual. No 2.º ciclo, esta taxa praticamente triplicou, registando-se um aumento de 34,4 % para 86,4 %.

No 3.º ciclo, a taxa de escolarização efectivamente triplicou, verificando-se uma subida de 27 % para 82,5 %. Já no ensino secundário esse aumento foi ainda mais significativo: esta taxa aumentou mais de seis vezes, passando de 8,9 % para 59,8 %.

No entanto, apesar destes consideráveis progressos, a convergência com os níveis europeus está longe de ser alcançada. Com efeito, menos de 50 % dos jovens entre os 20 e os 24 anos concluiu o ensino secundário.

À excepção da educação pré-escolar, que continua a crescer, e do 1.º ciclo, que regista uma taxa de escolarização de 100 %, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário este indicador estagnou desde 1996.

No ensino secundário, apenas seis em cada dez jovens com idade para frequentar este nível de escolaridade estavam matriculados no ano lectivo de 2004/2005.

É de salientar que a percentagem de alunos que não concluiu o 12.º ano, por reprovação ou desistência, se acentuou com a introdução de exames nacionais obrigatórios, no ano lectivo de 1995/1996. A partir daí, a taxa de reprovações aumentou, estabilizando em valores próximos dos 50 %, em 2004.

No entanto, de acordo com os dados do Recenseamento Escolar 2006/2007, publicado pelo GIASE, registou-se um crescimento da população estudantil no ensino secundário relacionado com o aumento dos alunos matriculados em cursos profissionais, que passaram de 33 mil para 44 mil."

Ora é sobre dados deste género que nos temos de debbruçar. Eles não devem esconder os problemas, que são muitos, mas é preciso desdramatizar e não esquecer os progressos.

1 comentários:

Anónimo disse...

http://www.fct.mctes.pt/pt/estatisticas/dadosglobais/#


http://www.estatisticas.gpeari.mctes.pt/archive/doc/Indicadores_Vfinal_0.pdf