domingo, 6 de janeiro de 2008

Sabor a Lula

2007 foi o ano de mais sólido crescimento da economia brasileira, desde há 30 anos. A Bolsa de São Paulo cresceu 40% no ano. Para ser mais rigoroso, o índice Ibovespa, da dita Bolsa, cresceu 460% nos últimos 5 anos (se querem enriquecer...).
Inflação controlada, juros a baixar, subidas no consumo e no investimento foram os ingredientes que trouxeram ao Brasil um “sabor de capitalismo”. Para Carlos Langoni, ex-director do Banco Central e director do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas, esse quadro de bom desempenho macro-económico é tanto mais meritório quanto surge conjugado com a redução da desigualdade e da miséria absoluta (os rendimentos dos 10% mais pobres da população estão a crescer, desde 2001 a uma taxa superior à do crescimento dos 10% mais ricos).
Vem tudo no último número de 2007 da insuspeita “Veja” que aprecia tanto o governo Lula, como eu gosto de azedas (no meu caso é preconceito, nunca provei).
Com aquela gracinha que só mesmo brasileiro tem, já há quem diga que tudo se deve ao facto de Lula, na sua política económica, se ter limitado a plagiar Fernando Henriques Cardoso. Meia-verdade, meia-mentira. Basta o facto de ele ter resistido às tentações de uma política económica populista à la Chavez, para lhe fazer a devida vénia.
Nada desculpa a malfeitoria que foi (ou é) o mensalão, mas para os mais cínicos há sempre o risonho recurso ao velho bordão: “Rouba, mas faz”.

1 comentários:

joshua disse...

Temo que por cá nem se rouba nem se faz.

Para além de boas notícias, o Brasil deveria exportar Amor e Felicidade que a tem a rodos.

Estive lá há pouco e sei do que falo e não é questão de falo satisfeito. É idiossincrasia mesmo.

PALAVROSSAVRVS REX