sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A expiação da ASAE

Sejamos optimistas. A ASAE tem um caminho para a redenção e eu ainda não desisti de salvar a alma do Sr. Nunes das agruras do inferno. Proponho um «roteiro para a expiação» em dez singelas proibições. Instituam-nas com garbo, defendam-nas com diligência e contem com a minha capacidade de lobbying. Não «O» conheço de lado nenhum mas tenho companheiros de blog com ligação directa ao Paraíso.

1 - É proibido comer pipocas no cinema. Abre-se todavia uma excepção a todas as fitas com o Ben Afleck.
2 - É proibido ser-se o Dr. Louçã, o Sr. D. Duarte e a Fátima Campos Ferreira.
3 - É proibido partir-se do princípio que todos os homens gostam de automóveis e «se pelam» por uma boa conversa sobre «cubicagens» ou «carters».
4 - É proibido convidar os amigos para baptizados.
5 - É proibido não preferir o Luís Piçarra ao Sérgio Godinho.
6 - É proibido festejar o Carnaval em território português. As infracções cometidas em Loulé e em «Torres» serão admoestadas com especial rigor sádico.
7 - É proibido defender a tese peregrina de que existe Cinema Português ou exibir filmes do Oliveira fora de um perímetro de segurança em redor do «Les deux Magots».
8 - São proibidos gatos, cães com menos de 10 quilos e aquelas «molas» muito irritantes que prendem as gravatas à camisa.
9 - São proibidos o Algarve, o Panteão Nacional, as Avenidas Novas e as Segundas-Feiras até às 14h00.
10 - É proibido atirar alimentos ao José Saramago, ao M. Night Shyamalan e à Dulce Pontes.

6 comentários:

Manuel S. Fonseca disse...

Moisés, àparte o susto com o vozeirão tonitruante de Jeová, não conseguiu melhor.

Táxi Pluvioso disse...

Bem... cinema português existe. Chama-se "vamos despir a Soraia Chaves".

Também devia ser proibido vir de Fátima de joelhos ou ir à Gulbenkian de pólo cor-de-rosa.

Unknown disse...

Tenho de dar a mão à palmatória: a nudez da Soraia Chaves é um verdadeiro milagre de Jeová. Só não estou autorizado a revelar quem foi o profeta que a lançou nesta vida. Nem que me ameacem com o Purgatório alguma vez revelarei que ele também escreve neste blog.

Táxi Pluvioso disse...

Não fazendo a mínima ideia aposto numa pessoa que trabalhou na SIC.

E amaldiçoo o dia em que troquei, um curso de realização de cinema, por um curso idiota de Filosofia. Naquele tempo a matemática era simples: curso de cinema = desemprego certo / curso de Filosofia = professor. Que diabo de alternativa.

Graças ao deus económico pelo liberalismo económico que igualizou as hipóteses. Hoje os dois cursos são iguais a desemprego certo.

Anónimo disse...

Assinado por baixo. Apenas colocaria o Legendary Tiger Man (no bilhete de identidade parece-me que assina Paulo Furtado), esse semi-deus da crítica musical portuguesa, no lugar do Manoj Nelliyattu Shyamalan. O rapaz é um dos melhores directores do planeta (tem uns víciozinhos irritantes, mas quem não os tem?)

Unknown disse...

Caro Pedro,
Sei que estou muito só na minha implicação com o Shyamalan. Mas uma implicação é assim mesmo, nem sempre é totalmente racional. Seja como for, irrita-me muito o lado «new age» da sua obra (Unbreakable, Sixth sense) e o culto «à la Paulo Coelho» que se gerou em torno da sua figura. Por honestidade intelectual tenho de confessar que me reconciliei um pouco mais com «A Vila» mas ainda não é o suficiente para o tirar do meu index das implicações arbitrárias.