sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Razões que a razão desconhece



O Público de hoje faz manchete com uma notícia, no mínimo curiosa: «a Força Aérea Portuguesa apresentou queixa ao Ministério Público pelo não pagamento de uma facturam de 13.500 € relacionada com uma operação de socorro a um pescador em alto mar» (note-se que, como é óbvio, o INEM não cobra nada a alguém que seja socorrido em terra). Ainda esta semana, o Ministro Jaime Silva anunciava, orgulhoso, que o Governo português se dispunha a entregar aos agricultores cuja explorações tivessem sido atingidas pela doença da língua azul um subsídio «entre os 55€ e os 100€ por cada animal morto».

Em termos de prioridades está tudo dito. Mas se menciono estes dois assuntos, que não têm qualquer relação evidente entre si, é apenas para ilustrar algo que me parece cada vez mais evidente: em Portugal o Estado tem vida própria, é incontrolável e «tem razões que a razão desconhece».

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