O mar à deriva
Se há uma área em que se produziu, em Portugal, pensamento estratégico com qualidade e em quantidade, ela é a Politica dos Oceanos. Mas se há uma área, crucial para o futuro do país, em que tardamos a passar «das musas ao teatro» ela é também a Política dos Oceanos. Muito se produziu em termos teóricos. Quase nada se fez em termos práticos. Há toneladas de relatórios e de recomendações concretas afogadas nas profundezas dos gabinetes ministeriais. No horizonte não se vislumbram sinais da chegada do muito propalado «cluster» do mar.
São portanto bem vindos os avisos à navegação que Cavaco deixou ao Governo no início do roteiro para as ciências do mar que hoje inaugura. Se para mais não servirem, servem para que se perceba que é em Belém que mora a capacidade de pensar o país em termos estratégicos que desertou de S. Bento.
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