domingo, 11 de novembro de 2007

Chavez vai nu

A simples indignação do Rei de Espanha perante a ofensa de Hugo Chavez ao anterior PM espanhol em plena Cimeira Ibero-americana arrumou, em dois segundos, a bravata do ditador, os salamaleques politicamente correctos de Zapatero e a contestação dos nacionalistas que há seis meses zurzem na Monarquia e na Família Real espanhola.
«Porque não te calas homem!?».
Está aqui tudo: a revolta genuína, a representação institucional do País, o decalque dos sentimentos do Povo; a liderança espanhola no espaço Latino-americano; a liberdade de expressão do filho do Conde de Barcelona, a independência do Rei na lide com qualquer dos seus PM. Numa palavra: a superioridade das monarquias constitucionais nas democracias ocidentais.

5 comentários:

ana v. disse...

Não sei se será assim tão generalizável, mas a verdade é que o rei Juan Carlos tem feito um excelente papel e respeitado exemplarmente a democracia. Acho que teve toda a legitimidade para intervir, e que o fez com a autoridade que a razão lhe conferia. Além disso, aplaudo quem não se encolhe perante ditadores malcriados vestidos de petróleo.

Anónimo disse...

"ditadores malcriados" ?

Olhe que não. Chavez tem sido eleito em eleições limpas e por larga margem, e não tem um só preso político na prisão nem executa sumariamente opositores. Israel tem 12.500 presos políticos e executa sumariamente centenas de oposicionistas ao regime de apartheid por ano...

Quanto ao Rei de Espanha, parece que cometeu uma gaffe. Um rei é uma figura honorífica e não faz política. Até porque não é eleito, ao contrário de Chavez...

Anónimo disse...

Perdoe-se-me a franqueza. Estranha conjugação: epíteto “euroliberal” com defesa de Chávez.

Anónimo disse...

Inês,
Escrevi esta semana para a Visão sobre este assunto pelo que não me vou repetir. Mas não resisto a comentar o argumento «euroliberal» que de resto repete muito do disparate que se tem escrito por essa blogoesfera fora: não é preciso ser-se monárquico (que não sou) para se perceber que o Rei de Espanha tem tanta ou mais legitimidade do que Chávez. Muito simplesmente porque acontece que a Constituição Espanhola (que consagra um regime monárquico) foi referendada em 1978. Os espanhóis têm um Rei porque querem.Ponto final parágrafo.

Inez Dentinho disse...

Agradeço os comentários e fico contente que Chavez não tenha presos políticos. Israel vive em estado de Guerra pelo que o seu exemplo não é comparável. Sigo agora a saga da Bélgica e pergunto, sobretudo a Ana Vidal, o que seria se os belgas tivessem a mediar o seu cisma um Presidente eleito por parte de eles?