Um ser capriano
Marques Mendes e Luis Filipe Menezes estavam agora na SIC Notícias a dirimir argumentos. Pelo que ouço (e estou cada vez mais surdo) estão também a dar corda às angústias que a Sofia Galvão exprimia aqui, na Geração de 60, dois posts atrás, a saber, a falta de um líder para o PSD. Meto-me na conversa? Arrisco? Não arrisco? Eu não, mas o cinema tem solução e happy-end.
Presumível solução cinéfila para o dilema de liderança da Sofia: um ser capriano, entre o Jimmy Stewart do “It’s a Wonderful Life” e o Gary Cooper de “Meet John Doe”.
Jesus Cristo também é uma boa sugestão. Não estou a ser original ou a fazer-me interessante, limito-me a tirar da boca de Barbara Stanwick as palavras que Frank Capra lhe pediu que dissesse, num momento quase tão dramático como o que o PSD vive burocraticamente agora:
“ Oh, darling!... We can start clean now. Just you and I. It'll grow John, and it'll grow big because it'll be honest this time. Oh, John, if it's worth dying for, it's worth living for. Oh please, John... You wanna be honest, don't ya? Well, you don't have to die to keep the John Doe ideal alive. Someone already died for that once. The first John Doe. And he's kept that ideal alive for nearly 2,000 years.”
Ou, como noutro momento e no mesmo filme, diz o Gary Cooper, “Why can't that spirit, that warm Christmas spirit, last all year long?”
Presumível solução cinéfila para o dilema de liderança da Sofia: um ser capriano, entre o Jimmy Stewart do “It’s a Wonderful Life” e o Gary Cooper de “Meet John Doe”.
Jesus Cristo também é uma boa sugestão. Não estou a ser original ou a fazer-me interessante, limito-me a tirar da boca de Barbara Stanwick as palavras que Frank Capra lhe pediu que dissesse, num momento quase tão dramático como o que o PSD vive burocraticamente agora:
“ Oh, darling!... We can start clean now. Just you and I. It'll grow John, and it'll grow big because it'll be honest this time. Oh, John, if it's worth dying for, it's worth living for. Oh please, John... You wanna be honest, don't ya? Well, you don't have to die to keep the John Doe ideal alive. Someone already died for that once. The first John Doe. And he's kept that ideal alive for nearly 2,000 years.”
Ou, como noutro momento e no mesmo filme, diz o Gary Cooper, “Why can't that spirit, that warm Christmas spirit, last all year long?”
6 comentários:
Dear Geracao de 60:
I'm a big fan of James Stuart.
Later...
Julian
www.ijulian.blogspot.com
Sure Julian,
Is overwhelming in Rear Window or The man who shot Liberty Valance.
Ainda não li o post da Sofia e atrevo-me a uma resposta que atinge as inquietações de quem quis lançar este blog. O amor que se espera, a liderança que se espera, a produtividade que se espera, a categoria que se espera, a política que se espera... a promessa que teima em tardar cumprida. What can I do for my Country?
Meu caro Manel, se você me emprestar os DVDs faz o enorme favor de, enfim, me tornar interessante o acto de escolher... Pela perspectiva, desde já lhe agradeço.
O grito de alma de Sofia Galvão é no mínimo hilariante vindo de quem integrou o governo de Pedro Santana Lopes.
Mas é um belo exercício poético.
Cara Sofia,
Olhe que a escolha vai ser complicada. De Cooper acho que Clifford Odets disse um dia: "He was a poet of the real", coisa que não estou a ver ninguém conseguir dizer sem se rir de Meneses.
Sobre Jimmy Stewart, lembro-me que o velho Hitchcock o usou para explicar o que, no cinema era montagem: "Imaginem Jimmy a olhar para uma mãe a amamentar um bebé. Vemos o bebé e cortamos para o Jimmy. Ele sorri e nós achamos que ele é um cavalheiro idoso benigno. Agora tiramos o pedacinho de filme com a mamã e substituímo-lo por uma bela rapariga em bikini. A mesma imagem do Jimmy parece a de um velhote obsceno".
Ainda pensei fazer o paralelo entre ele e Mendes mas temo pela montagem do filme.
Ah, e está claro, vou já começar a procurar os DVDs. Um abraço
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