sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Outras diplomacias em Timor

Sigo o post do Pedro Norton, em sintonia.
Quanto à justiça das causas na questão de Timor-Leste, aquela que não se rege apenas pela vantagem material, lembro que ela passou em plena Guerra Fria pela solidão, firme e solidária, do Duque de Brangança. E, na transição política da Indonésia, pela coragem e diplomacia de António Guterres ao insistir, implacavelmente, no apoio internacional ao Referendo. Xanana repetiu a ascese de Mandela no Oriente sendo peça fundamental para a atenção mundial e para a liderança interna. E lembro ainda, antes e depois do Referendo, o papel da Igreja que, internamente, levou esperança às resistências domésticas e cá fora atingiu o Nobel e a persistência da diplomacia pontifícia, que muito pode. Também no terreno, no «day after», foi a Igreja quem cerziu interesses e ódios, como pôde. E houve o empurrão de obras concretas como a de João Soares que recuperou o edifício de traça colonial do antigo Liceu de Dili para ali instalar a Universidade, semente do futuro independente e esclarecido. O seu sucessor faria a reconstrução integral do antigo Palácio do Governador (também de traça portuguesa), hoje Residência do Presidente.
21 de Setembro de 2007 11:40
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