O vale tudo
No meio do furacão Maddie, o Público («by the way» um dos poucos jornais diários que tem escrito de forma minimamente responsável sobre o assunto) dedica hoje uma página interior (sem direito a chamada de capa) a um assunto verdadeiramente extraordinário. Refiro-me à «incrível e triste história» (para citar Gabo) da aquisição, por parte do fundo de pensões do BCP, da participação de Berardo na PT. A fazer fé no Público, o BCP (na pessoa do seu administrador Castro Henriques, notório apoiante de Teixeira Pinto) «financiou» assim a posterior entrada de Berardo no capital do banco e, consequentemente, o reforço da lista de apoiantes do seu então Presidente Executivo.
Na minha ingenuidade, eu diria que este é uma daqueles episódios que dificilmente pode ser mais revelador do estado a que chegou a guerra suja no principal banco privado português. Diria mesmo que dificilmente se podia encontrar um exemplo mais revelador da confusão que a administração do BCP foi fazendo entre os seus interesses privados e os interesses do accionistas do banco. Mas curiosamente pareço ser o único escandalizado. É caso para se dizer que ou está a tudo louco ou está tudo à procura da Maddie.
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