quarta-feira, 4 de julho de 2007

III. Gli Indoeuropei e le Origini dell'Europa, Francisco Villar, Il Mulino, Bologna, 1997

É evidente que muitas das hipóteses de base nesta ciência são contestadas. Mas é tão vasta que o que se critica num campo pode não afectar tão directamente outro. As críticas às sínteses de Dumézil e do seu trifuncionalismo não impediram a fecundidade do método e de muitas das suas conclusões. Renfrew ou Gimbutas podem ser escorraçados à vontade. Mas se a indo-europeística é acusada pelas fragilidades das suas hipóteses consoante mais se recua no tempo, o mesmo pode ser dito da pré-história. Deitemos ao lixo todos os estudos pré-históricos se quisermos ser consequentes com estas premissas críticas. Menhires para a pedreira, as antas que vão para fazer ladrilhos.

O autor em causa tem o cuidado de não desenvolver a matéria cultural. Preocupa-se mais com a dimensão linguística, no que faz muito bem, porque é aqui onde faltava uma obra de síntese e porque não se mete em campo de infinita discussão. Fez livro útil e claro, mérito que não pode deixar de merecer elogio. Mas uma linguagem nunca é neutra sob o ponto de vista cultural. Tente o leitor expressar em Bantu a filosofia hegeliana ou traduzir para turco Dante. Verá como a mensagem fica distorcida.

O simples facto de nos quedarmos por uma linguagem nunca é um simples facto. Nunca é neutro. O mundo que se adivinha estar à volta dos nossos antepassados e o seu mundo interior faz-nos suspeitar do que ainda hoje em dia herdámos. E estou a subestimar a sua importância apenas por efeitos de prudência.

Seja como for, e bem longe de lutas políticas e públicas polémicas é bom encontrar campos em que o ser humano nos surpreende positivamente e onde por vezes se pode encontrar um raro produto: o génio.

Alexandre Brandão da Veiga

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