I. Gli Indoeuropei e le Origini dell'Europa, Francisco Villar, Il Mulino, Bologna, 1997
Sempre que refiro a raiz indo-europeia da Europa vejo as mais diversas reacções. Uma pessoa diz-me que o assunto lhe interessa porque tem sangue índio e portanto, misturado com o sangue europeu, faz dela indo-europeia. Outros gritam ao nazismo, porque como toda a gente sabe se trata de uma teoria nazi. Afinal os nazis usaram bastamente desta teoria. É verdade. Como usaram do socialismo e da física e respiravam também, o que não leva ninguém a condenar esta actividade, no entanto. Outros ainda, fervorosos cultores do ambiente oficial, reconhecem essa origem indo-europeia e dizem: “sim, sim, Grécia e Roma”.
Grécia e Roma? Sem dúvida. Mas os germanos, celtas e eslavos, para não falar dos ilírios e outros povos indo-europeus que constituem e Europa? E que dizer do nosso parentesco com os persas, indianos e mais remotamente com os hititas e tocáricos (ou Agni-Kuči, como se diz agora)?
O livro em questão não tem a dificuldade técnica de um Meillet ou de um Benveniste, nem o fôlego de um Dumézil. Ainda bem. Cumpre bem a sua função. Numa área onde só pessoas com elevadíssimas aptidões técnicas dizem algo de jeito, tem o mérito de ser uma suma, claríssimo na apresentação, muito completos na exposição.
A indo-europeística é talvez de todas as ciências ditas humanas a mais próxima das ciências ditas exactas. Muito se tentou brincar com a arbitrariedade das conclusões, dizendo que usando os métodos da indo-europeística se retiraria que cavalo e guerra viriam do latim clássico, quando é bem sabido que a primeira palavra vem do baixo latim e a segunda é de origem germânica.
Mas a indo-europeística não é tão ingénua assim. Que se tenham cometido erros e que tenha havido hipóteses temerárias não é apanágio desta ciência. Basta ver a história do éter na física e do flogisto na química para ver que nenhuma ficou imune a hipóteses que se revelaram pouco assisadas.
A indo-europeística é das raras ciências humanas que fizeram previsões, em acréscimo acertadas. O eslavão foi primeiro conjecturado e só mais tarde provado documentalmente. E com um grau de precisão impressionante.
Grécia e Roma? Sem dúvida. Mas os germanos, celtas e eslavos, para não falar dos ilírios e outros povos indo-europeus que constituem e Europa? E que dizer do nosso parentesco com os persas, indianos e mais remotamente com os hititas e tocáricos (ou Agni-Kuči, como se diz agora)?
O livro em questão não tem a dificuldade técnica de um Meillet ou de um Benveniste, nem o fôlego de um Dumézil. Ainda bem. Cumpre bem a sua função. Numa área onde só pessoas com elevadíssimas aptidões técnicas dizem algo de jeito, tem o mérito de ser uma suma, claríssimo na apresentação, muito completos na exposição.
A indo-europeística é talvez de todas as ciências ditas humanas a mais próxima das ciências ditas exactas. Muito se tentou brincar com a arbitrariedade das conclusões, dizendo que usando os métodos da indo-europeística se retiraria que cavalo e guerra viriam do latim clássico, quando é bem sabido que a primeira palavra vem do baixo latim e a segunda é de origem germânica.
Mas a indo-europeística não é tão ingénua assim. Que se tenham cometido erros e que tenha havido hipóteses temerárias não é apanágio desta ciência. Basta ver a história do éter na física e do flogisto na química para ver que nenhuma ficou imune a hipóteses que se revelaram pouco assisadas.
A indo-europeística é das raras ciências humanas que fizeram previsões, em acréscimo acertadas. O eslavão foi primeiro conjecturado e só mais tarde provado documentalmente. E com um grau de precisão impressionante.
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