Quem quer o multiculturalismo?
A pergunta é de simples resposta,
pensando numa perspectiva politica e não na choradeira:
a)
Residualmente os defensores da ideologia colonial;
b)
A esquerda alternativa;
c)
O capitalismo internacional;
d)
Os idiotas úteis;
e)
Os futuros déspotas.
Não sobram muitos, mas
entre povos imperiais ainda há uma réstia desta ideologia, e foi ela que tornou
tolerável durante décadas o multiculturalismo. O modelo do «Raj» britânico
sobre a Índia é muito simples: para hindu e muçulmano basta aquela cultura
retrógrada. Desde que não haja mortos na rua e se mantenha a segurança do comércio,
eles que se entendam. São culturas inferiores, já viram a sua hora de glória, não
se pode esperar mais delas. Mas, se não há muitos cultores conscientes desta
ideologia, pelo menos oficialmente, ela é fundamental porque traduz uma linha
de força de muito longo prazo. Os ingleses beberam a inspiração dos modelos
romanos que mantiveram a autonomia dos municípios e algumas estruturas
regionais, tetrarquias, régulos, principados. E mostra o fundamento último, o modelo
de base, de todo o pensamento multicultural. Este é sempre imperialista na sua inspiração.
A esquerda alternativa
defendeu sempre o multiculturalismo. O fundamento não é humanista, mas o ressentimento
contra a base cristã de uma civilização em que nunca deteria superioridade de
qualquer natureza, nem de beleza, nem de nascimento, nem de grandeza
intelectual. O ressentimento leva a pegar em tudo que vá contra o seu centro
vital, e o seu centro vital é, apesar dos seus protestos, a civilização cristã
que lhe deu direito à vida. Os alternativos favorecem o multiculturalismo
porque tudo vale mais que a Europa, essa Europa que pela sua exigência lhes
desvela a natureza vil. Se tiverem de escolher, aceitam mesmo o abaixamento das
mulheres, o aviltamento de crianças, a falta de liberdade geral. Tudo, desde
que não seja a Europa.
O capitalismo esfrega as
mãos. Não é por acaso que os tradicionais partidos marxistas ortodoxos nunca
viram com muitos bons olhos a vinda de muitos imigrantes. Sabem bem que se trata
de um exército de reserva proletário que abaixa o poder negocial dos trabalhadores.
«Não queres? Há sempre um tunisino que está disposto a ganhar metade». O capitalismo
esfrega as mãos ao ver estas deliciosas condições de trabalho em que pode
escolher o menos bom, mas por muito menos preço.
Restam os idiotas úteis.
Estes são usados por todos: uns usam os seus sentimentos cristãos, outros, sabendo
que o público não se diz (ou sabe) cristão, apelam para os direitos do homem, a
civilização, a democracia, que espantalho melhor sirva para os seus fins. O bom
do Lenine conhecia bem a importância dos idiotas úteis. O idiota útil sente-se útil,
mas é-o apenas porque…é idiota.
Restam? Ainda no fundo do
túnel aparece uma figura bem mais sinistra, mas que é a conclusão lógica deste movimento.
Os futuros tiranos. A história grega mostra que os tiranos tiveram duas políticas
em comum. A criação de exércitos profissionais, de mercenários, e a indução
forçada de heterogeneidade das populações para as tornar mais dóceis. Quando a
população se torna heterogénea cria tensões entre si, e isso justifica a
existência do tirano para manter a paz. Quando se torna heterógena é bem mais
difícil actuar como uma só contra o tirano. As populações que vieram de fora vêem
o horror que é a vida heterógena e aceitam melhor os seus regimes. Tornam-se
mais submissas. Os futuros tiranos vão agradecer o multiculturalismo. Abriu-lhes
o campo para o seu futuro reino.
Ideologia de índole imperial,
apoiada pelo ressentimento e pela cupidez, e sufragada pela idiotia prepara na
sua conclusão o que é a sua origem: a tirania.
Alexandre Brandão da Veiga
2 comentários:
Multiculturalistas: uns hipócritas de alto calibre!
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-» Exemplo 1: Muito blá, blá, blá... mas nunca vemos os multiculturalistas a defender o legítimo Direito à sobrevivência das mais diversas Identidades... inclusive aquelas de 'baixo rendimento demográfico, inclusive aquelas economicamente pouco rentáveis!...
-» Exemplo 2: Muito blá, blá, blá... mas nunca vemos os multiculturalistas a falar dos holocaustos massivos que vitimaram Identidades Autóctones.
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Mais: Quando se diz «todos diferentes, todos iguais...» isto é, todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta [nota: inclusive as de 'baixo rendimento demográfico'... inclusive as economicamente pouco rentáveis...], Nazis Económicos - desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica - proclamam logo «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia...»
[nota: os nazis económicos (nazis-à-USA) provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]
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E mais: A vulgarmente designada Esquerda Multiculturalista não se preocupa com a construção duma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher)... critica a repressão dos Direitos das mulheres... todavia, em simultâneo, para cúmulo, defende que... se deve aproveitar a 'boa produção' demográfica proveniente de determinados países {nota: 'boa produção' essa... que foi proporcionada precisamente pela repressão dos Direitos das mulheres - ex: islâmicos}... para resolver o deficit demográfico na Europa!?!?!
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P.S.
A elite da finança e das corporações está apostada em destruir a Nações.
Armadilhou o sul da Europa pelo endividamento, quer com a colaboração de políticos medíocres, quer fazendo os estados resgatar com o seu dinheiro a corrupção financeira. Eles querem destruir as soberanias... dividir/dissolver as Identidades para reinar... tudo para criarem uma "massa amorfa" de gente inerte, pobre e escravizada e assim melhor estabelecerem a Nova Ordem Mundial: uma nova ordem a seguir ao caos – uma ORDEM MERCENÁRIA (um Neofeudalismo)... ou seja, a 'Ordem Natural' que emerge de um 'barril de pólvora' (leia-se, o caos organizado pela alta finança).
Eu, que me considero vagamente laico e agnóstico (?!), tenho que reconhecer que o autor tem muito boa pontaria...
lg
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