Como de costume apanho no espaço público frases que dizem muito mais que algum dia o seu locutor poderia imaginar. Uma adorável criatura com perfil de maçaneta, deputada nas suas horas, afirma: «Não gosto de tradições». Do que ela não gosta serve-lhe de critério para a vida, mas julga – temerário da sua parte – que tem de ser critério para a dos outros.
No que me respeita, nunca respeitei uma tradição apenas por o ser. Há tradições repugnantes, selváticas, medíocres. Nada na vida humana é destituído de grandeza, nada de degradação.
O que a pobre criatura, que em tempos [...]