Um conjunto de selvagens reúne-se para decidir se hão-de comer um prisioneiro. A maioria vota a favor. Como há dois que se opõem veementemente são mortos. E para festejar a decisão espancam as mulheres. Este pequeno cenário mostra que estamos a falar de uma democracia, e de uma democracia directa em cúmulo. Etimologicamente é o poder do povo quem determina a vida em colectividade. Mas isto basta-nos? Não. Porquê então achamos que esta democracia é insuficiente? É que o que designamos por democracia recolhe muitas experiências históricas diversas.
Em primeiro lugar, o próprio poder do povo, mas por via do nexo de representação. Uma ideia sobretudo grega.