sexta-feira, 29 de junho de 2012

Consolo inesperado e consistente


Ele 87 anos. Ela 80. Ele partido nas pernas, agressivamente lúcido. Ela mexida mas esquecida. Juntos&nb[...]
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quarta-feira, 20 de junho de 2012

O mito do humanismo

Quando se discutiu a Constituição Europeia todos se lembraram que a Europa tinha uma herança humanista e que portanto seria essa a fonte da Europa. É evidente que o humanismo é um movimento europeu. Mas já não é verdadeiro que seja a fonte da Europa. O humanismo, tal como tem evoluído nos dois últimos milénios, resulta de confluências várias entre o cristianismo e o paganismo indo-europeu. Esse o pano de fundo em que temos laborado. Para que este pano de fundo seja sólido na sua demonstração, tenho de demonstrar que o humanismo não é fundamento da Europa, mas antes uma sua consequência.

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Espanha retardada

Espanha está sempre atrasada em relação a Portugal.
Na Reconquista cristã (séc. XIII / XV), na união política do País, (séc. XII / XV) nos Descobrimentos (séc. XIV / XV), na abolição da Pena de Morte (1867/1978) e da escravatura (1869/1888), no final da ditadura do século XX (1974/1976) e mesmo no pedido de adesão à Comunidade Europeia (1977/1980) que viria a ser aceite para o mesmo dia de adesão (01/01/86). Apenas na introdução da Inquisição (1536/1478), e na expulsão dos judeus (1496/1492) a Espanha se antecipou a Portugal.
O que atrasará este País tão maior e mais próximo da Europa? Este Reino que teve um Império onde o Sol nunca se punha?
Salvaguardadas as distâncias, lembrei-me desta «sequ[...]

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terça-feira, 5 de junho de 2012

A Grécia no desenho europeu

Há três níveis de discurso quando se fala na actual situação da Grécia: o que evoca o nosso berço político e filosófico ao qual tudo devemos, tudo teremos de dar e que se sente resgatado com a ideia de, novamente através da Democracia, ter a esquerda radical de Atenas a condicionar o futuro do Velho Continente. Outro discurso navega nas águas da política e convoca o sonho de Jean Monet que reinventou no pós-guerra a máxima de Dumas, «Um por todos e todos por um». Finalmente, corre um terceiro discurso sobre o caso grego com uma abordagem tecnocrática, mais baseada no conhecimento dos gráficos do que do terreno, das famílias, das pessoas.
Os três discursos sobre o mesmo assunto não se cruzam e estão desajust[...]

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