Consolo inesperado e consistente
Espanha está sempre atrasada em relação a Portugal.
Na Reconquista cristã (séc. XIII / XV), na união política do País, (séc. XII / XV) nos Descobrimentos (séc. XIV / XV), na abolição da Pena de Morte (1867/1978) e da escravatura (1869/1888), no final da ditadura do século XX (1974/1976) e mesmo no pedido de adesão à Comunidade Europeia (1977/1980) que viria a ser aceite para o mesmo dia de adesão (01/01/86). Apenas na introdução da Inquisição (1536/1478), e na expulsão dos judeus (1496/1492) a Espanha se antecipou a Portugal.
O que atrasará este País tão maior e mais próximo da Europa? Este Reino que teve um Império onde o Sol nunca se punha?
Salvaguardadas as distâncias, lembrei-me desta «sequ[...]
Há três níveis de discurso quando se fala na actual situação da Grécia: o que evoca o nosso berço político e filosófico ao qual tudo devemos, tudo teremos de dar e que se sente resgatado com a ideia de, novamente através da Democracia, ter a esquerda radical de Atenas a condicionar o futuro do Velho Continente. Outro discurso navega nas águas da política e convoca o sonho de Jean Monet que reinventou no pós-guerra a máxima de Dumas, «Um por todos e todos por um». Finalmente, corre um terceiro discurso sobre o caso grego com uma abordagem tecnocrática, mais baseada no conhecimento dos gráficos do que do terreno, das famílias, das pessoas.
Os três discursos sobre o mesmo assunto não se cruzam e estão desajust[...]