A saga Rui Gomes da Silva
Nos últimos dias multiplicam-se as comparações entre o que disse Rui Gomes da Silva, em 2004, sobre o direito ao contraditório a propósito dos 40 minutos semanais de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, e as alegadas tentativas de José Sócrates condicionar a informação na TVI, entre 2005 e 2010. Procura-se assim silenciar o PSD nesta matéria.
O que aconteceu realmente em 2004 deve ser do conhecimento público.
Ainda antes do XVI Governo Constitucional tomar posse (Julho 2004), já havia sérias pressões internas dentro da TVI para afastar Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz e Marcelo Rebelo de Sousa. Este tinha conhecimento destes movimentos e aproveitou as declarações do Ministro Rui Gomes da Silva, em Outubro desse ano, para sair pondo a responsabilidade num Governo que atacara desde a Tomada de Posse. Depois, foi a Belém ampliar o acontecido e à ERC alistar motivações que nada tiveram a ver com o acontecido.
Acresce que o Ministro se limitou a pedir o direito ao contraditório para 40 minutos de ataque semanal ao Governo (basta ver as gravações desses meses), direito que viria a ser depois determinado pela ERC já no mandato do Governo seguinte. Fê-lo por uma questão de liberdade e de equidade de expressão; fê-lo em directo para as televisões, sem quaisquer manobras de bastidor com empresas com capitais públicos; fê-lo sem pressões para as redacções; fê-lo às claras, sem faltar ao respeito a nenhum direito público.
Pode ser discutível se o seu pedido de contraditório constitui uma forma de «pressão». Nada que se compare aos ataques de Sócrates ao Jornal de Sexta no conclave do PS e às tentativas indecorosas do seu anel de servidores de domínio total sobre a TVI com dinheiros públicos.
5 comentários:
Está em grande forma!
Escrevi no site pessoal de Pedro Santana Lopes, de uma forma mais simples e básica e menos pormenorizada, algo semelhante: "
Quanto às declarações do Director do Expresso são bem reveladoras da diferença de tratamento que foi dada a Pedro Santana Lopes(principalmente) e que é dada agora a este '1º ministro' e a estes governos PS. Rui Gomes da Silva, como representante do governo da época, bem ou mal, proferiu declarações públicas, repito públicas, de descontentamento aos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa. Achou-se no direito ao contraditório. E agora tudo é feito nas nossas costas e longe de ser às claras. Isto sim, é que são pressões ilegítimas. Isto sim, é que são um atentado à democracia e à transparência do Estado."
É bom ter companhia na boa memória. Obrigada pelo seu comentário.
Bela fotografia. É de coleção?
E agradece qual das mensagens?
Agradeço o seu comentário e o de Hugo Correia. O primeiro era para o protagonista da fotografia apanhada na primeira página da internet.
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