Pittsburgh, Portugal
Sim, é verdade que estes dias são decisivos para o futuro imediato de Portugal. Mas esse futuro não se joga unicamente no dia 27 de Setembro, nas urnas – joga-se também estes dias, em Pittsburgh. E talvez, just maybe… Pittsburgh tenha mais impacto no nosso futuro económico que o resultado das legislativas.
Nos últimos anos, vários autores têm salientado a assimetria que existe entre a globalização de certas arenas (economia, informação, conhecimento, cultura, ambiente…) e a globalização das instituições democráticas, levando-os a defender a necessidade de mecanismos democráticos (também) a nível global. E nessa linha, que tal esta citação?
O desenvolvimento da tecnologia (…) resultou em algo equivalente à contracção do nosso planeta. A interligação económica gerou um grau de interdependência sem precedentes nos destinos das nações… A única esperança de protecção reside (…) numa via supranacional.
O seu autor? Albert Einstein.
5 comentários:
Mais inteligente que o Einstein só mesmo a sua mulher (segundo dizem as más linguas a verdadeira autora de muitas das suas teorias).
Em relação à pergunta que lhe fiz há algumas semanas, sobre a estranha acrimónia do Professor Salazar em relação à então nascente Sociologia (a Filosofia, por ex., era na altura muito mais marxista e nunca consta que tenha tido algum parti-pris particular contra ela) gostaria, como leitor, de ter uma resposta, se souber responder ( e caso leia os comments do BLOG), claro.
Com os melhores cumprimentos,
CCI
Caro CCI,
As minhas desculpas por não ter respondido à pergunta que colocou ao meu post anterior. Escrevi esse post antes de ir para férias e - embora tenha ainda visto o seu comentário - tinha a esperança que alguém mais qualificado pudesse responder à sua pergunta durante a minha "ausência". A verdade é que eu não sou nem sociólogo, nem especialista sobre Salazar. O que tenho lido sobre a história das ciências sociais e sociologia em Portugal confirma o que diz - a percepção da sociologia enquanto potencialmente subversiva à estabilidade do Estado Novo, levando à sua repressão. Este padrão de limitação - ou, no limite - supressão das ciências sociais em regimes não-democráticos não é um exclusivo nacional. Contudo, se Salazar tinha razões próprias também (e se sim, quais) para tal, infelizmente não o sei. Alguém pode ajudar?
Caro Carlos Jalali,
Muito grato pela resposta. Pode ser que de facto alguém possa aparecer e lançar luz - com objectividade e sem "clichés" ideológicos- sobre esta intrigante questão que aconteceu no Portugal do Século XX.
Com os melhores cumpts.,
CCInez
bom, eu dessa época o mais altaneiro que conheço é antónio sérgio.
como que é que o salaz se relacionava com esta luminária?
e já agora uma intro bibliográfica ao antónio sérgio, já que nunca li nada dele e preciso 1as dicas.
thanks
Creep up the good work
Trata-se mais do futuro da América do que de Portugal. Os americanos têm de restaurar o seu sistema financeiro e voltar ao sonho.
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