Uma entrevista notável
Alexandre Soares dos Santos deu ontem uma entrevista notável a José Gomes Ferreira, no programa Negócios da Semana, da SIC-Notícias. Com a autoridade que só a coerência e o exemplo permitem, foi claro, directo e frontal. Lapidar mesmo.
Elogiou a verdade, apontando o dedo a uma sociedade que convive com a mentira com crescente e preocupante naturalidade. Instou ao exercício da cidadania e à promoção activa da denúncia cívica e da participação política, recusando a demissão dos que silenciam. Valorizou o trabalho e o direito ao trabalho, distinguindo-os da reivindicação acomodada ao emprego. Apelou ao sindicalismo construtivo, distanciando-se da lógica de um sindicalismo de fricção radicalizada, fechado sobre si mesmo. Elogiou a nobreza da política e a relevância social da actividade dos políticos, elevando-lhes os padrões de qualidade, exigência e responsabilidade. Deu testemunho das opções concretas que, em tempos de crise, podem fazer a diferença quando se emprega mais de 20.000 trabalhadores… No fim, referiu ainda o projecto da ‘sua’ Fundação Francisco Manuel dos Santos, dando corpo a um consistente compromisso de responsabilidade social que, marcando-lhe a vida, perpassou toda a entrevista.
Quando se fala em medo, em cumplicidades tácitas, em silêncios úteis, a entrevista de Alexandre Soares dos Santos foi um bálsamo.
Elogiou a verdade, apontando o dedo a uma sociedade que convive com a mentira com crescente e preocupante naturalidade. Instou ao exercício da cidadania e à promoção activa da denúncia cívica e da participação política, recusando a demissão dos que silenciam. Valorizou o trabalho e o direito ao trabalho, distinguindo-os da reivindicação acomodada ao emprego. Apelou ao sindicalismo construtivo, distanciando-se da lógica de um sindicalismo de fricção radicalizada, fechado sobre si mesmo. Elogiou a nobreza da política e a relevância social da actividade dos políticos, elevando-lhes os padrões de qualidade, exigência e responsabilidade. Deu testemunho das opções concretas que, em tempos de crise, podem fazer a diferença quando se emprega mais de 20.000 trabalhadores… No fim, referiu ainda o projecto da ‘sua’ Fundação Francisco Manuel dos Santos, dando corpo a um consistente compromisso de responsabilidade social que, marcando-lhe a vida, perpassou toda a entrevista.
Quando se fala em medo, em cumplicidades tácitas, em silêncios úteis, a entrevista de Alexandre Soares dos Santos foi um bálsamo.
5 comentários:
Sofia, o que mais me agradou foi a seriedade. Mal estamos quando olhamos para gente séria como gente excepcional. Mas ontem foi assim.
Alexandre Soares dos Santos a primeiro-ministro, já! Mas, quando tenho que escolher uma mercearia para abastecer a despensa, não sei porquê, prefiro as do eng.º Belmiro. ASS, está visto, é senhor de um notável rol de predicados: inteligente, sabedor, competente, sério, sereno, empenhado na justiça social, solidário - um exemplo para o país. Até criou uma fundação. Que homem magnânimo! Só é pena que na Roménia a sua cadeia de mercearias, a Biedronka, seja apontada como o exemplo do que é uma empresa rasca e manhosa - para não dizer outra coisa.
Alexandre Soares dos Santos é oempresário exemplo.
"Soares dos Santos não é um milionário. É um homem humilde, trabalhador e sério. Um empresário com visão e sucesso. Preocupado com a crise em Portugal, fala sem medo. Não deve nem teme o poder ou o corporativismo, não lambe as botas ao governo. Algo que outros (como um banqueiro que recentemente falou na TV) não fazem. Fala verdade aos trabalhadores e aos accionistas."
Terá sido ouvido pela "malta", que nós cá sabemos? Apesar de tudo ,realmente, o discurso convém só a quem convém...E ainda, apesar de tudo, certa gente nem consegue contar o dinheiro "amealhado"
Foi notável a vários níveis: pela serenidade, pela clarividência.
Quando criticou os empresários nacionais de maior dimensão e a sua política salarial errada feita de salários mínimos, quando mostrou preocupação com a fraca competitividade das PME e reiterou a responsabilidade das grandes empresas cooperarem com aquelas, quando sublinhou a necessidade de cooperação nas empresas e diálogo com as comissões de trabalhadores e renovação das estruturas sindicais. Quando mostrou que tinha um plano de emergência para a crise e que despedir trabalhadores não era o primeiro recurso.
Mostrou que era um empresário, com uma visão de longo prazo e compromisso, não um mero especulador que não gera emprego.
Posso garantir que na distribuição alimentar nem toda a gente se comporta desta forma.
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