Tratado de bem escrever
Daqui até aos Óscares, sei que terei uma dúzia de bons motivos para ir ao cinema. Vou em peregrinação, sabendo de antemão que, daqui a um ano, já não saberei dizer o que que vi.
Gravei há dias este filme do canal RTP memória. Dá-me vontade de o parar constantemente. Anotar cada frase, ver cada fotograma. A escrita é de antologia.
Deixo três falas:
" Há homens que se escondem atrás do desdém, como mulheres se escondem atrás da beleza".
" Os fortes lutam com os fortes pela posse dos fracos".
" Não morri por causa do que tu significas para ela, deixo te ir pelo que significas para mim."
E depois temos as imagens: a selvajaria, o ar sexualmente ambíguo, de Anthony Quinn quando despe a camisa e se deita na cama para fazer a sesta. O filme é todo dele. Roubou-o.
E é nosso. É um tratado de bem escrever e de fazer cinema. Sei que não vou ver nada assim.
2 comentários:
Uma das citações mais brilhantes de todos os filmes que vi é, improvavelmente, de um trailer daqueles filmes idiotas de acção do Bruce Willis ("Assalto a qualquer coisa"):
"Life is hard. And then you die."
Fantástico!
É verdade, há vários trailers que ficam na cabeça. Lembro-me de um (Padrinho 3) muito bom:
"Real power cannot be given, it has to be taken".
JP
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