Aconteceu comigo
Há uns tempos, escrevi neste blog um insignificante de um texto em que defendia uma obra que por aí se planeia. Essa defesa não se prendia com a obra em particular mas sim com a preocupação com que vejo os movimentos anti-obras neste país. Este país, se quer crescer, ainda precisa de muitas obras e temos ainda muito que sofrer, pois isto não vai lá com acácias à beira-mar plantadas.
Pois é, um dia, já há alguns dias, recebi um simpático telefonema que me perguntava se eu não queria escrever um artigo sobre isso. Eu disse que sim – nesta minha profissão diz-se sempre que si, até ver – e que me fosse enviado um email a fazer o pedido em concreto.
Logo a seguir, recebi um email de uma empresa de comunicação que trabalha para a empresa interessada na obra. O email vinha com três ficheiros anexos, uma brochura, um “Quadro de benefícios” e um PowerPoint assinado pelo presidente do conselho de administração da empresa obreira. Pedia-se um artigo meu para ser publicado num “jornal nacional”.
Fiquei uns dias sem saber o que fazer, embora soubesse logo o que não fazer. Nesses dias, a empresa de comunicação mandou-me alguns recortes de jornais, o que foi apesar de tudo bem feito. Entretanto, escrevi a um amigo a pedir um conselho, pois isto era areia de mais para a minha camioneta. E aqui estou a escrever isto, passados uns tempos.
Claro que quem encomenda não sabe o que sai (sim, não ponho a outra hipótese). Mas o cálculo de probabilidades leva-os a pensar que sairá o que querem que saia Eu para esse peditório não dei.
Será que há um mercado de colunas de opinião estimuladas por empresas de comunicação a defender determinadas coisas e aceites pelos jornais? Aqui não preciso de pedir conselhos a amigos para escrever que isso não devia ser assim.
1 comentários:
Deixe lá Pedro. Enganaram-se. Estão habituados a ir ás páginas amarelas.
A,B,C,D,....F,cá está.
"Frete" aéreo, marítimo.
Ora, contrato de frete é.... Não vou explicar, toda a gente o que é.
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