Marx voltou a estar na moda
O meu último post, a propósito da crise, acabava assim: «Já ninguém deve ter ilusões: o século XXI será de novo um século de crises, de história e de ideologias. Para o bem e para o mal. Ora, o mal já aí está (nomeadamente a associação totalitária entre políticos e capitalistas). Cabe-nos agora preparar o bem.»
Pois ontem atiraram-me para dentro do carro um jornal, onde, a páginas tantas (Global, 16 de Outubro de 2008, pág. 15), podia ler-se um artigo intitulado: «Karl Marx voltou a estar na moda».
Reza assim: «As vendas de “O Capital”, a obra maior de Karl Marx, estão “claramente a aumentar”, disse Jörn Schütrumpf, da editora Karl-Dietz-Verlag, informou a AFP. “Marx está de novo na moda e a procura das suas obras em alta”, explicou Schütrumpf ao jornal Neue Ruhr Neue Rheinzeitung. Segundo a editora, o primeiro tomo de “O Capital” já vendeu este ano 1500 exemplares, contra 500 em 2005, e as vendas vão continuar a aumentar, assegurou o editor. Os leitores pertencem a “uma nova geração de eruditos que reconheceu que as promessas neo-liberais não se realizaram”, sublinhou. O próprio ministro alemão das Finanças, Peer Steinbrück, fez uma referência a Marx: “Certas partes da teoria não são assim tão falsas”, como a que se refere à autodestruição do capitalismo por causa da sua avidez, disse ao Der Spiegel.»
Não concordo com esta interpretação supostamente transmitida pelo ministro das Finanças alemão, como com muitas outras que certamente se vão seguir. A releitura de Marx, também por isso, será hoje muito importante. Sem ela não se poderá distinguir o trigo do joio na doutrina marxista, crítica que o século XX nos deixou para fazer. É, assim, uma das primeiras boas notícias que decorre da actual crise: não a queda final do capitalismo, como alguns imprudentemente quererão sustentar, mas o regresso da diferença ideológica ao pensamento e à prática política, indispensável, no nosso mundo, para a existência da democracia.
7 comentários:
Mas há outra boa noticia nessa noticia: é possível que assim aumente o número dos que sabem do que falam quando se referirem ao Marx...;)
Eu tive ocasião de estudar a doutrina de Marx na cadeira de Economia Política ministrada pelo Prof Avelãs Nunes, dedicado militante PCP.
Gostava que mais gente o lesse, sobretudo para que se deixasse de falar a todo o momento de "mais-valias".
Mas sim, Gonçalo, tem razão, há-de haver muito boa gente a ir correr comprar o livro e desatar a fazer citações.
Vamos apostar? Quem vão ser os primeiros? PS? PCP? BE? Se for o BE vamos ter direito a ouvir citações em alemão, a Joana Amaral tem ar de ter frequentado o Goethe-Institute.
Gonçalo Moita, vi o seu nome completo nest Blog e li o seu nome no DN e no Jornal de Lisboa. Estamos a falar da mesma pessoa?
faça-nos um favor............leia o Manual de ser honesto. Mais gratificante para nós porque assim podemos saber que sempre aprende alguma coisa, sem ser que um dos factores de produção sem ser o capital - que deve conhecer da Gebalis - há outros dois.
PORQUE SERÁ QUE VAMOS TER SEMPRE ÁS MESMAS PESSOAS?
Em 23-02-2007 , a ex-vereadora da Habitação Social na Câmara de Lisboa Helena Lopes da Costa defende Francisco Ribeiro [presidente da Gebalis], que agora é acusado pelo Ministério Público por por peculato e administração danosa e entre muitas coisas, gastar 64 mil euros em almoços.
O relatório da Polícia Judiciária sobre a gestão da Gebalis, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, é devastador para a administração de Francisco Ribeiro.
EM 2007, LOPES DA COSTA , ACTUAL DEPUTADA SOCIAL-DEMOCRATA E VEREADORA DA HABITAÇÃO SOCIAL DURANTE A PRESIDÊNCIA DE PEDRO SANTANA LOPES NA CÂMARA DE LISBOA ENTENDE QUE SE TRATA DE «UMA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA A FRANCISCO RIBEIRO» E É UMA "AUTÊNTICA CAÇA ÀS BRUXAS».
Francisco Ribeiro tinha sido assessor da Helena Lopes da Costa , assim como Gonçalo Moita e Diogo Pipa, que foram designados por "Helena Lopes da Costa para a atribuição de chaves de segundas habitações sociais, os chamados "desdobramentos” e “transferências da Gabelais.
LOUVOR DA LOPES DA COSTA AO FRANCISO RIBEIRO:
No Boletim Municpal de Lisba - http://www.cm-lisboa.pt/docs/ficheiros/1.o_SUP_BM_611__Jorge_.pdf, podemos ler o Despachode LOUVOR ao AGORA ACUSADO FRANCISCO RIBEIRO( n.º 433/P/2005de 2005/10/07) assinado pela Helena Lopes da Costa, que diz o seguinte: Ao terminar o meu mandato de Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, CUMPRE-ME LOUVAR O TRABALHO, PROFISSIONALISMO E DEDICAÇÃO DO DR. FRANCISCO RIBEIRO, ENQUANTO DIRECTOR MUNICIPAL DO DEPARTAMENTO DE ACÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO.
Apesar de, INICIALMENTE, TER DESEMPENHADO AS FUNÇÕES DE ADJUNTO NO MEU GABINETE, O DR. FRANCISCO RIBEIRO DEU PROVAS DE COMPETÊNCIA E PROFISSIONALISMO PARA ASSUMIR A DIRECÇÃO MUNICIPAL DE ACÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO, CARGO QUE EXERCEU COM DEDICAÇÃO E RIGOR.
Francisco Ribeiro, Gonçalo Moita e Diogo Pipa, estavam no Gabiente da Helena Lopes da Costa e os dois últimos foram aqueles a que a ex vereadora centralizou a atribuição de chaves de segundas habitações sociais, os chamados "desdobramentos” e “transferências”.
A ex Vereadora determinou que: a) As chaves dos fogos do património de segunda atribuição só poderão ser requeridas (ao DGSPH e à Gebalis), pelo meu adjunto, dr. Gonçalo Moita, ou pelo meu assessor, dr. Diogo Pipa; b) Todas as chaves dos fogos já recebidas ou a receber, nos termos da alínea anterior,ficarão a/c do dr. Diogo Pipa; c) As atribuições dos referidos fogos deverão ser acompanhadas pelo dr. Diogo Pipa.”
Alias, Moita, antigo chefe de gabinete da ex-vereadora Helena Lopes da Costa acumulou durante vários meses, em 2005, as remunerações de alto quadro da empresa municipal Gebalis e de avençado do gabinete da autarca.
A contratação de Gonçalo Moita como prestador de serviços no gabinete da vereadora, bem como a sua entrada para a Gebalis, ocorreu uma semana antes de ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de chefe de gabinete. ”.
A entrada para de Moita para a letra mais ELEVADA de quadro pessoal da Gebalis foi feita POR ORDEM DIRECTA à Administraçãi por parte da vereadora e actual deputada do PSD, que tutelava a empresa, embora o contrato tenha sido assinado pela então presidente do conselho de administração, Eduarda Rosa. Moita nunca la pos os pés e mantem o vinculo e acumulava vencimentos.
porque será que são sempre os mesmos?
E porque será que os anónimos nunca se assumem?
No que o nosso país se está a transformar?! Um paraíso para esta gente anónima sem escrupulos, sem honestidade, sem frontalidade, gente pidesca que vive para a difamação. Este anónimo, quem será ele ou ela, que usa um blog de forma tão cobarde. Gonçalo Moita eu não o conheço mas pelos seus textos que já tenho lido neste blog, você é uma pessoa que pensa, que sente, que tem humor..É deste tipo de pessoas como você Gonçalo que eu queria ter mais no meu país, mas infelizmente nascem estes "anónimos" seres desprezíveis.
Inês Pecquet
Criticam quem escreve me anónimo? Muito bem . Deviam era ver quem gere a coisa publica como se privada se tratasse.
Ou está tudo invertido?
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