quinta-feira, 10 de julho de 2008

A ler




O tema é controverso mas o debate pode ser civilizado. Este livro prova-o.




Declaração de interesses: espero que me perdoem o facto do editor ser, igualmente, o meu editor.

6 comentários:

Anónimo disse...

Só ficou no livro a parte civilizada. Ainda considerámos a hipótese de dizer aquilo que pensamos mesmo da posição do outro, mas a decência coibiu-nos.

JP Guimarães disse...

Um dos autores será o Pedro Múrias? Se não é, parece.

Sofia Rocha disse...

Miguel, ora aqui está um belo tema e peço desculpa se lhe vou escangalhar o post, porque a questão que coloco é prévia ou "prejudicial".
Antes de me preocupar se são um homem e uma mulher, dois homens, ou duas mulheres, preocupa-me porque é que hoje duas pessoas se querem casar. Quantos casamentos acabam em divórcio? Muitos.
Tristemente acho que hoje a maioria dos casais (heterosexuais e homosexuais) sonha com a indumentária, com a boda, com a festa, com a lista de convidados, com as fotos da revista do social, com o local caribenho da lua-de-mel, chamam-lhe "um sonho".
Ora isto é um erro grosseiro. É feito com a mesma ligeireza com que se jura na noite de 31 de Dezembro que se vai deixar de fumar ou se vai fazer dieta. Todavia, no meio do sonho, tiveram-se filhos e comprou-se uma casa.
Um casamento não é uma festa. É um projecto de vida a dois primeiro e possivelmente com filhos depois, biológicos, adoptados, o que seja. A vida em comum de duas pessoas é uma vida recíproca de compromisso, de exigência, de cedências, de contemporização, e de trabalho. Só a ligeireza de espírito ou o romantismo exacerbado poderá trazer as pessoas tão equivocadas. Tamanho equívoco não resitirá às primeiras birras de um bebé que não dorme, ao desemprego, à falta de dinheiro, ao envelhecimento.
Viver com alguém é infinitamente mais difícil do que deixar de fumar ou começar a ir ao ginásio.
E de cada vez que me lembro que mesmo seis anos de depois de ter deixado de fumar ainda sentia o sangue a correr mais depressa quando alguém puxava do cigarro depois do almoço...

Anónimo disse...

Sofia: sábias palavras

Miguel Poiares Maduro disse...

Cara Sofia,

vem mesmo a propósito este artigo do Pedro Lomba:
http://dn.sapo.pt/2008/07/10/opiniao/o_medo_casamento.html

Sofia Rocha disse...

Pacta sunt servanda... Na vida, como no futebol, os contratos celebrados, livremente e de boa-fé, são para serem cumpridos.