Sua Excelência, o Poder
Vi há alguns meses um debate televisivo na Sic Notícias entre Maria de Belém e Paula Teixeira Pinto sobre o exercício do poder.
Dizia Maria de Belém que os ministros vivem isolados em torres de marfim, torres habitadas por múltiplos assessores, que "filtram" a realidade, que a mistificam. O conselho que deixava é que os titulares desses cargos se libertassem o mais possível desses assessores e preferissem o contacto com a realidade ela própria e com aqueles que ousam discordar e que oferecem outras razões ou visões.
Nesse dia lembrei-me de Voltaire, ou de como o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente.
Releio agora José Cardoso Pires, em seco e bom português: " Que quem muito se olha cega e quem muito se ouve perde a voz." (in Dinossauro Excelentíssimo)
2 comentários:
A acreditarmos em Belém (e parece-me que vale a pena acreditarmos) pior do que o poder que corrompe é o corte com a realidade que nos condena. Ou seja, cortar nos assessores "reduziria o Estado" e, parafraseando Cardoso Pires, daria a quem de direito olhos que vêem em vez de um olhar que cega.
A frase em causa e de Lord Acton e nao de Voltaire.
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