Saudades do “Independente”
As recentes escritas sobre os cavalos dados aqui feitas pelo Gonçalo e pelo Pedro lembram-me que há muito queria lançar a minha frustração quanto aos jornais actualmente em Portugal. Aquilo que vou dizer devia traduzir-se: “então não nos chateies e lê bons jornais na Internet”. Mas a verdade é que a idade porventura não perdoa e não me consigo habituar a isso.
Bem, aqui vai. Havia um tempo em que eu comprava, regra geral, o “Público” e depois, à segunda-feira, comprava o “Diário de Notícias”, por causa do suplemento de Economia e das crónicas de Marcelo Rebelo de Sousa, que na época eram interessantes; à sexta-feira, comprava o “Independente”, que foi desde sempre o jornal que mais tempo gastei a ler; ao sábado lá ia comprando o “Expresso” que, se bem me lembro, até passou por uma má altura, mas tinha de ser; e de vez em quando ainda me aventurava pelo “Semanário”. Nuns anos menos gloriosos do nosso passado, os do Guterrismo, até deixei de comprar o “Público”, porque achava que estava demasiadamente pegado ao governo e passei para o “Diário de Notícias”, no tempo do Mário Bettencourt Resendes, que era um jornal mais simples, mas quase-bom. Hoje em dia quero não comprar o “Público”, porque está um jornal de causas (perdidas), um pouco esquizofrénico na orientação política, e dominado por colunistas-jornalistas ou jornalistas-colunistas (ao ponto de enquanto que o Guardian convida o Bono para director por um dia, o “Público” convida um colunista), e o que tenho? O “Expresso”, que está francamente melhor (e não é por ter um vice da G60), e nada mais. A não ser a Internet. Ah, e também de vez em quando os jornais económicos.
O “Diário de Noticias”, que era alternativa nos diários, perdeu-se na concorrência com o “Correio da Manhã” (que aliás é um bom jornal no género, mas não para mim). Lá vou comprando o “Público”, com pausas, porque de vez em quando tem boas surpresas de bons jornalistas (incluindo alguns de Economia), de bons colunistas (posso nomear quatro: Pulido Valente, Rui Tavares, Sarsfield Cabral, António Barreto) e no “P2” (que às vezes tem coisas à antigo Independente). Moral da história: isto está mesmo fraco. Os cavalos dados, isto é, a imprensa gratuita, seguramente não têm ajudado.
Bem, aqui vai. Havia um tempo em que eu comprava, regra geral, o “Público” e depois, à segunda-feira, comprava o “Diário de Notícias”, por causa do suplemento de Economia e das crónicas de Marcelo Rebelo de Sousa, que na época eram interessantes; à sexta-feira, comprava o “Independente”, que foi desde sempre o jornal que mais tempo gastei a ler; ao sábado lá ia comprando o “Expresso” que, se bem me lembro, até passou por uma má altura, mas tinha de ser; e de vez em quando ainda me aventurava pelo “Semanário”. Nuns anos menos gloriosos do nosso passado, os do Guterrismo, até deixei de comprar o “Público”, porque achava que estava demasiadamente pegado ao governo e passei para o “Diário de Notícias”, no tempo do Mário Bettencourt Resendes, que era um jornal mais simples, mas quase-bom. Hoje em dia quero não comprar o “Público”, porque está um jornal de causas (perdidas), um pouco esquizofrénico na orientação política, e dominado por colunistas-jornalistas ou jornalistas-colunistas (ao ponto de enquanto que o Guardian convida o Bono para director por um dia, o “Público” convida um colunista), e o que tenho? O “Expresso”, que está francamente melhor (e não é por ter um vice da G60), e nada mais. A não ser a Internet. Ah, e também de vez em quando os jornais económicos.
O “Diário de Noticias”, que era alternativa nos diários, perdeu-se na concorrência com o “Correio da Manhã” (que aliás é um bom jornal no género, mas não para mim). Lá vou comprando o “Público”, com pausas, porque de vez em quando tem boas surpresas de bons jornalistas (incluindo alguns de Economia), de bons colunistas (posso nomear quatro: Pulido Valente, Rui Tavares, Sarsfield Cabral, António Barreto) e no “P2” (que às vezes tem coisas à antigo Independente). Moral da história: isto está mesmo fraco. Os cavalos dados, isto é, a imprensa gratuita, seguramente não têm ajudado.
1 comentários:
Saudades do futuro.
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