Cheira a prazer de leitura
Eu, que por acaso não tenho quase nada a ver com a editora Guerra e Paz – sim, sim, já sei, conflito de interesses, apito dourado, e por aí adiante – não é que tropecei com estes três livros que cheiram a prazer de leitura.
“Boris Bajanov e a Condenação de Estaline”: as memórias de Boris Bajanov, secretário de Estaline, e um dos primeiros trânsfugas do país que para Cunhal era o sol do mundo, ainda por cima comentado por David Doyle, um dos fundadores da CIA (hoje reformado e casado com outra agente da CIA que tinha sido casada com um agente do KGB – será que percebi agora, Pedro Marta Santos, o que é o tempo quântico?).
“Diário Português – 1941-1945” mostra-nos Portugal visto pelos olhos de Mircea Eliade – passei a recruta, na Escola de Aplicação Militar de Angola, a ler-lhe “O Sagrado e o Profano” (lindíssimo, lindíssimo). Eliade é um dos maiores intelectuais romenos do século XX, sentava-se em cadeiras políticas de direita com propensão autoritária, dava-se com Salazar como Deus com os anjos – e ai de quem viva agora em Cascais e não compre o livro.
“Perro Cristão entre Muçulmanos”, romance protagonizado por Nicolau Clenardo, figura ecuménica que veio, no século XVI, à Península Ibérica inventar possíveis formas de diálogo entre as religiões do Livro.
1 comentários:
já agora gostava de saber a opinião sobre o terceiro destes livros! Obrigada!
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