Vida Nova
Hoje, no Público, Vasco Pulido Valente desfere um ataque ao artigo publicado há dias pelo Pedro Magalhães. Eu gostei deste último texto, sobre os “liberais de pacotilha”, e por isso apetece-me dizer algo mais. Um ponto prévio: Pulido Valente está numa liga à parte, um pouco como os ABBA. Isso significa que podemos dizer mal da música ligeira mas tal não inclui, nunca em tempo algum, aquele grupo. Os mesmo se passa com Pulido Valente: ele nunca está incluindo em nenhum grupo e por maioria de razão não cai nos “liberais de pacotilha” de que Magalhães fala.
Dito isto, mais importante é notar que os analistas são interessantes de ler quando transmitem conhecimentos. Não basta ser inteligente para ser interessante, é preciso saber coisas. Pulido Valente sabe e sempre soube quem faz o quê e geralmente porquê. A grande vantagem dos analistas mais velhos está aliás aí. Eles conhecem bem os principais protagonistas, sabem quem contactar para saber mais e por aí fora. Mas Pulido Valente (como outros, mas isso aqui não interesse pois a liga é só dele) está a perder o pulso ao que se está a passar com as pessoas mais novas. Eu sei isso, porque ouço frequentemente esse comentário, a que presto atenção sobretudo quando vem de pessoas que gostam imensamente do que ele representa. Este fenómeno não é novo e na Grã-Bretanha até tem um nome, que escrevo aqui porque sei que pode ser lido com sentido de humor: “grumpy old men”.
É preciso ter em atenção que muitas das pessoas que hoje escrevem nos jornais nunca estiveram em cafés a olhar para o lado a ver se estava algum “bufo” da PIDE. Essa preocupação é genuína e a herança não pode ser esquecida. Mas já lá vão alguns anos. Pode voltar? Claro que pode voltar. Mas a nossa vida – e o nosso pensamento – não pode viver com esse estigma. Por uma simples razão: tal estigma não serve para nada.
Dito isto, mais importante é notar que os analistas são interessantes de ler quando transmitem conhecimentos. Não basta ser inteligente para ser interessante, é preciso saber coisas. Pulido Valente sabe e sempre soube quem faz o quê e geralmente porquê. A grande vantagem dos analistas mais velhos está aliás aí. Eles conhecem bem os principais protagonistas, sabem quem contactar para saber mais e por aí fora. Mas Pulido Valente (como outros, mas isso aqui não interesse pois a liga é só dele) está a perder o pulso ao que se está a passar com as pessoas mais novas. Eu sei isso, porque ouço frequentemente esse comentário, a que presto atenção sobretudo quando vem de pessoas que gostam imensamente do que ele representa. Este fenómeno não é novo e na Grã-Bretanha até tem um nome, que escrevo aqui porque sei que pode ser lido com sentido de humor: “grumpy old men”.
É preciso ter em atenção que muitas das pessoas que hoje escrevem nos jornais nunca estiveram em cafés a olhar para o lado a ver se estava algum “bufo” da PIDE. Essa preocupação é genuína e a herança não pode ser esquecida. Mas já lá vão alguns anos. Pode voltar? Claro que pode voltar. Mas a nossa vida – e o nosso pensamento – não pode viver com esse estigma. Por uma simples razão: tal estigma não serve para nada.
2 comentários:
Penso que está completamente enganado.
Leia Pacheco Pereira hoje no Público.
Confesso que aprecio a inteligência de Pacheco Pereira mas não costumo ser seu leitor. Mas fui ler. Só posso dizer que a luta de que ele fala não é minha.
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