II. É Sarkozy populista?
Vi muitas pessoas afirmarem que o seu discurso de vitória tinha sido um discurso que retoma os tópicos gaullistas. Não me parece. O seu discurso, muito estruturado e fortemente ideológico, faz uma síntese de reflexões que desde há décadas, mas sobretudo na última década tem vindo a ser feito quanto à legitimidade sacerdotal de um certo discurso de esquerda. Se virmos no longo prazo desde a segunda guerra mundial a esquerda governou pouco tempo, mas liderou o discurso quase sempre.
Desde o fim dos anos 70 que a tendência se tem vindo a inverter. Aqueles a quem chamam de Novos Reaccionários (personagens de esquerda entenda-se, mas que criticam as teorias libertárias de certa esquerda) começaram a dar golpadas fortes nesta primazia sacerdotal (Fienkelkraut, Bruckner, Glucksman entre outros).
O pensamento e o estudo têm vindo igualmente a antecipar a crítica à prevalência sacerdotal libertária. Antoine Compagnon, Paul Bénichou , Sirinelli , Fumaroli , Jacques Heers , Bernard Sergent , Rémi Brague , e noutro registo Jean Sévillia , muitos outros intelectuais e jornalistas têm vindo a destruir aos poucos e poucos, seja os fundamentos, seja a estrutura da prevalência sacerdotal da esquerda, do modernismo, da invenção e reinvenção permanente do passado.
O discurso de Sarkozy não foi um retorno ao Gaullismo embora tenha contacto com ele. É antes uma síntese de quem não se deixa impressionar pela religião da culpa da Europa, da primazia nobilitante e exclusiva da vítima, do multiculturalismo. A ordem França, Europa, Estados Unidos, Mediterrâneo não surge por acaso, e cada um delas tem um significado próprio que não interessa analisar aqui.
Desde o fim dos anos 70 que a tendência se tem vindo a inverter. Aqueles a quem chamam de Novos Reaccionários (personagens de esquerda entenda-se, mas que criticam as teorias libertárias de certa esquerda) começaram a dar golpadas fortes nesta primazia sacerdotal (Fienkelkraut, Bruckner, Glucksman entre outros).
O pensamento e o estudo têm vindo igualmente a antecipar a crítica à prevalência sacerdotal libertária. Antoine Compagnon, Paul Bénichou , Sirinelli , Fumaroli , Jacques Heers , Bernard Sergent , Rémi Brague , e noutro registo Jean Sévillia , muitos outros intelectuais e jornalistas têm vindo a destruir aos poucos e poucos, seja os fundamentos, seja a estrutura da prevalência sacerdotal da esquerda, do modernismo, da invenção e reinvenção permanente do passado.
O discurso de Sarkozy não foi um retorno ao Gaullismo embora tenha contacto com ele. É antes uma síntese de quem não se deixa impressionar pela religião da culpa da Europa, da primazia nobilitante e exclusiva da vítima, do multiculturalismo. A ordem França, Europa, Estados Unidos, Mediterrâneo não surge por acaso, e cada um delas tem um significado próprio que não interessa analisar aqui.
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